quarta-feira, novembro 23, 2011

Planos de Ação Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção


Entre os dias 25 a 28 de outubro de 2012 o PNCD participou de uma importante iniciativa nacional para salvar 14 espécies de aves da Caatinga ameaçadas de extinção. Iniciativas como esta são chamadas de Planos de Ação Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN).
Um PAN é uma poderosa estratégia para a conservação da biodiversidade brasileira e segue o modelo utilizado internacionalmente pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
O PAN das Aves Ameaçadas da Caatinga abordou as espécies listadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Espécies alvo do Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves Ameaçadas da Caatinga (ICMBio, 2011). Categorias: VU- Vulnerável; EP- Em Perigo; CR – Criticamente em Perigo.
TÁXON
CATEGORIA DE AMEAÇA
NOME POPULAR
OCORRÊNCIA NO PNCD
Augastes lumachella
EN
beija-flor-de-gravata-vermelha

Crypturellus noctivagus zabele
VU
zabelê

Formicivora grantsaui
EN
papa-formiga-do-sincorá

Formicivora iheringi
EN
formigueiro-do-nordeste

Hemitriccus mirandae
VU
maria-do-nordeste

Lepidocolaptes wagleri
EN
Arapaçu-de-wagler

Penelope jacucaca
VU
jacucaca

Phylloscartes beckeri
EN
borboletinha-baiana

Phylloscartes roquettei
EN
cara-dourada

Pyrrhura griseipectus
CR
periquito-sujo

Rhopornis ardesiacus
EN
gravatazeiro

Sclerurus scansor cearensis
VU
vira-folhas-cearense

Scytalopus diamantinensis
EN
tapaculo-da-chapada-diamantina

Xiphocolaptes falcirostris
EN
arapaçu-do-nordeste

O PAN é uma ferramenta de planejamento de ações que pode, dentre outras coisas, direcionar alguns investimentos de recursos ou políticas públicas já existentes para atividades que resultem na conservação das espécies ameaçadas.
Assim, por exemplo, o PAN das Aves da Caatinga estabeleceu como uma importante atividade para o PNCD a efetiva instalação e funcionamento da Base Operativa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do ICMBio.
O que ficou notável durante a elaboração do PAN foi o fato do Parque Nacional da Chapada Diamantina proteger 7 das 14 espécies abordadas no PAN tornando-se, evidentemente, a unidade de conservação mais estratégica no cenário das aves ameaçadas de extinção de todo o bioma Caatinga.

quarta-feira, novembro 16, 2011

Chuvas apaziguam a temporada de incêndios florestais


Após longo período sem chuvas na Chapada Diamantina, a vegetação das serras e vales  (que deixaram cair suas folhas, para economizar água) ficaram com as suas tonalidades acinzentadas. Por isso, a vegetação fica propicia as ocorrências de incêndios florestais.
Nesta temporada, o PNCD realizou aproximadamente 36 combates aos incêndios, com ocorrências dentro e fora dos limites da unidade, sendo os maiores combates realizados na Serra dos Cristais (município de Mucuge) e na Serra do Candombá (Vale do Capão), no entanto, os maiores números de ocorrências aconteceram no município de Andaraí, com inúmeros combates registrados pelas brigadas voluntárias locais e o apoio do Parque Nacional, com seus veículos e equipamentos..
O maior incêndio registrado, na temporada 2011-2012,  foi na Serra dos Cristais,  fora dos limites do Parque Nacional. O fogo  iniciou na segunda-feira dia 03/10, não sendo possível a sua extinção pois o incêndio tomou grandes proporções. Neste momento, tomou-se a decisão de se recuar a equipe de combate para a montagem de uma grande operação de combate, que contou com 60 combates, das diversas brigadas voluntárias e da brigada contratada; 1 helicóptero, 1 avião moto planador, veículos terrestres e pessoal de apoio.
Segundo avaliação preliminar, a área atingida pelo incêndio foi de 1.000 hectares. Mas, com a agilidade em se montar uma operação consistente, foi possível dominar o fogo na madrugada do dia 5/10 para o dia 06/10 (quinta-feira), contando ainda com a ajuda da chuva para complementar o trabalho dos brigadistas.
Felizmente quando a temporada de incêndios ameaçava ganhar grandes proporções e magnitude, as chuvas oriundas do oeste, formadas no Amazônia precipitaram, trazendo de volta a tranqüilidade em relação aos incêndios.  
      Mas agora, aqueles morros e vales, que antes estavam acinzentados, muito vulneráveis aos incêndios, novamente, vão ganhando a cor verde. Interessante observar a espera da natureza pelas chuvas e como, agora, essa é celebrada pela fauna e flora da região que há alguns meses ficou sem grandes chuvas.