terça-feira, dezembro 20, 2011

Ano novo no PNCD

Assim como no carnaval e semana santa, nas próximas festividades de Ano novo, será realizada na Cachoeira da Fumaça e Vale do Paty, operação de Ano Novo com a finalidade de monitorar a visitação nesses atrativos turísticos, visto que no período de final de ano o turismo intensifica-se. A operação mobilizará a equipe do parque, seus parceiros e os brigadistas entre as datas de 26 de dezembro à 02 de Janeiro de 2012.

Recomendações aos visitantes:

Planejar é fundamental: Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo; viaje em grupos pequenos, de até 6 pessoas;  escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico.

Não faça fogueiras: Fogueiras prejudicam o solo e representam grandes risco de incêndios florestais; para cozinhar utilize fogareiros próprios para acampamentos.

Deixe cada coisa em seu lugar: não construa estrutura, não quebre ou corte galhos de árvores.

Cuide dos locais onde passar: Mantenha-se na trilha; acampando, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto e lembre bons locais de acampamento são encontrados, não construídos.

Você é responsável por sua segurança: Se você não conhece as técnicas básicas de segurança, navegação e primeiros socorros; procure um guia ou um condutor que conheça; leve sempre os itens essenciais: lanterna, agasalho, capa de chuva, chapéu, alimento, água, entre outros.

Respeite os animais e as plantas: Observe os animais a distancia, a proximidade pode ser interpretada com uma ameaça por eles; não retire flores ou qualquer parte de plantas.

Traga seu lixo de volta: Traga TODO o seu lixo de volta e jamais queime qualquer tipo de lixo.

quarta-feira, novembro 23, 2011

Planos de Ação Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção


Entre os dias 25 a 28 de outubro de 2012 o PNCD participou de uma importante iniciativa nacional para salvar 14 espécies de aves da Caatinga ameaçadas de extinção. Iniciativas como esta são chamadas de Planos de Ação Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN).
Um PAN é uma poderosa estratégia para a conservação da biodiversidade brasileira e segue o modelo utilizado internacionalmente pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
O PAN das Aves Ameaçadas da Caatinga abordou as espécies listadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Espécies alvo do Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves Ameaçadas da Caatinga (ICMBio, 2011). Categorias: VU- Vulnerável; EP- Em Perigo; CR – Criticamente em Perigo.
TÁXON
CATEGORIA DE AMEAÇA
NOME POPULAR
OCORRÊNCIA NO PNCD
Augastes lumachella
EN
beija-flor-de-gravata-vermelha

Crypturellus noctivagus zabele
VU
zabelê

Formicivora grantsaui
EN
papa-formiga-do-sincorá

Formicivora iheringi
EN
formigueiro-do-nordeste

Hemitriccus mirandae
VU
maria-do-nordeste

Lepidocolaptes wagleri
EN
Arapaçu-de-wagler

Penelope jacucaca
VU
jacucaca

Phylloscartes beckeri
EN
borboletinha-baiana

Phylloscartes roquettei
EN
cara-dourada

Pyrrhura griseipectus
CR
periquito-sujo

Rhopornis ardesiacus
EN
gravatazeiro

Sclerurus scansor cearensis
VU
vira-folhas-cearense

Scytalopus diamantinensis
EN
tapaculo-da-chapada-diamantina

Xiphocolaptes falcirostris
EN
arapaçu-do-nordeste

O PAN é uma ferramenta de planejamento de ações que pode, dentre outras coisas, direcionar alguns investimentos de recursos ou políticas públicas já existentes para atividades que resultem na conservação das espécies ameaçadas.
Assim, por exemplo, o PAN das Aves da Caatinga estabeleceu como uma importante atividade para o PNCD a efetiva instalação e funcionamento da Base Operativa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do ICMBio.
O que ficou notável durante a elaboração do PAN foi o fato do Parque Nacional da Chapada Diamantina proteger 7 das 14 espécies abordadas no PAN tornando-se, evidentemente, a unidade de conservação mais estratégica no cenário das aves ameaçadas de extinção de todo o bioma Caatinga.

quarta-feira, novembro 16, 2011

Chuvas apaziguam a temporada de incêndios florestais


Após longo período sem chuvas na Chapada Diamantina, a vegetação das serras e vales  (que deixaram cair suas folhas, para economizar água) ficaram com as suas tonalidades acinzentadas. Por isso, a vegetação fica propicia as ocorrências de incêndios florestais.
Nesta temporada, o PNCD realizou aproximadamente 36 combates aos incêndios, com ocorrências dentro e fora dos limites da unidade, sendo os maiores combates realizados na Serra dos Cristais (município de Mucuge) e na Serra do Candombá (Vale do Capão), no entanto, os maiores números de ocorrências aconteceram no município de Andaraí, com inúmeros combates registrados pelas brigadas voluntárias locais e o apoio do Parque Nacional, com seus veículos e equipamentos..
O maior incêndio registrado, na temporada 2011-2012,  foi na Serra dos Cristais,  fora dos limites do Parque Nacional. O fogo  iniciou na segunda-feira dia 03/10, não sendo possível a sua extinção pois o incêndio tomou grandes proporções. Neste momento, tomou-se a decisão de se recuar a equipe de combate para a montagem de uma grande operação de combate, que contou com 60 combates, das diversas brigadas voluntárias e da brigada contratada; 1 helicóptero, 1 avião moto planador, veículos terrestres e pessoal de apoio.
Segundo avaliação preliminar, a área atingida pelo incêndio foi de 1.000 hectares. Mas, com a agilidade em se montar uma operação consistente, foi possível dominar o fogo na madrugada do dia 5/10 para o dia 06/10 (quinta-feira), contando ainda com a ajuda da chuva para complementar o trabalho dos brigadistas.
Felizmente quando a temporada de incêndios ameaçava ganhar grandes proporções e magnitude, as chuvas oriundas do oeste, formadas no Amazônia precipitaram, trazendo de volta a tranqüilidade em relação aos incêndios.  
      Mas agora, aqueles morros e vales, que antes estavam acinzentados, muito vulneráveis aos incêndios, novamente, vão ganhando a cor verde. Interessante observar a espera da natureza pelas chuvas e como, agora, essa é celebrada pela fauna e flora da região que há alguns meses ficou sem grandes chuvas.

sexta-feira, outubro 21, 2011

Brigadista do PNCD em Minas Gerais

            Nas últimas semanas de setembro passado, uma grande massa de ar seco esteve sobre grande parte do território nacional, causando seca em algumas regiões do Brasil. Neste cenário, áreas com vegetação nativa ficaram muito vulneráveis ao alastramento de incêndios florestais.
            Na Reserva Biológica Federal da Mata Escura, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, um destes incêndios adquiriu grande proporção e, mesmo depois que brigadas do Espírito Santo e do Sul da Bahia atuaram na Reserva, novos focos de incêndios castigaram aquela Unidade de Conservação.
            A Chapada da Diamantina, que já havia enviado brigadistas para o Oeste baiano, enviou uma nova equipe para combater os incêndios da Reserva de Minas Gerais. Esta brigada, formada por 16 brigadistas voluntários e um contratado do Parque Nacional, saiu da Chapada no dia 24 de setembro e foi a terceira equipe a atuar nos incêndios da Reserva da Mata Escura.
           No dia 5 de outubro a Brigada retornou  à Chapada tendo sido vitoriosa em sua missão: combateu diversos incêndios e deixou a área sendo muito elogiada pela equipe que coordenou os combates naquela Reserva.

quinta-feira, outubro 13, 2011

Parques da Copa

Entre os dias 19 à 22 de Setembro o Parque Nacional c Chapada Diamantina participou da Abeta Summit 2011. Encontro de turismo, realizado no Parque Anhembi, na cidade de São Paulo. Esse encontro contou com vários outros representantes do ICMBio, além de empresários de turismo e ecoturismo.
Este encontro entre Gestores de Parques Nacionais com empresários deve-se ao fato de que 21 Parques Nacionais participarão do projeto Parques da Copa, através dos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo em parceria com ICMBio. O Parque Nacional Chapada Diamantina está entre estes, o que trará melhorias na infraestrutura (estruturação das trilhas, capacitação dos condutores, entre outros) dos parques para melhor receber os turistas.
De acordo com Fabrício França, do ministério do Meio Ambiente “Essa parceria entre esporte, parques e turismo contribui para a melhoria da imagem do País, que por meio do aumento do fluxo turístico interno e externo de turista no Brasil, aumentará a dinamização das economias locais e geração de empregos”. Fabrício conclui que “Como resultado final teremos a aproximação da temática da conservação com a sociedade”
A biodiversidade brasileira atrai grandes interesses da mídia internacional, portanto, durante a Copa do Mundo de Futebol, o país buscará apresentar seus ecossistemas da melhor maneira possível para fortalecer ainda mais imagem de nossa biodiversidade e assim atrair maiores números de turista após a Copa do Mundo.
Todos os 21 parques selecionados encontram dentro de uma das Unidades de Federação que terão cidade-sede para os jogos da Copa. Os parques apresentam facilidade de deslocamento a partir da cidade-sede, além de belos atributos cênicos. No estado da Bahia foram selecionados o Parque Nacional Chapada Diamantina e o Marinho dos Abrolhos.
Será um grande desafio visto que os Parques ainda são carentes em sua estrutura e necessitam urgentemente de investimentos para garantir a preservação da biodiversidade que abrigam. E embora o foco do projeto seja a estruturação da visitação, certamente a proteção aos ecossistemas, também, será reforçada


sexta-feira, setembro 09, 2011

Estudo dinâmica do fogo

O Parque Nacional Chapada Diamantina é a Unidade de Conservação onde se registra maior números de incêndios entre aqueles gerenciadas pelo ICMBIO. Mas os efeitos dessa alta incidência de fogo sobre a região são desconhecidos. No entanto, sabe-se que suas causas são – em grande maioria – antrópicas (extração de garimpo, caça, gado entre outros).

Desde o ano passado, está sendo realizado, o projeto de pesquisa Estudo da dinâmica dos incêndios no PNCD e região e suas possíveis influências sobre a vegetação. Entre os primeiros resultados, estão as interpretações de imagens de satélites que apontaram para uma concentração do fogo em determinadas áreas do Parque, com diferentes regimes de queimada e intensidade na ocorrência de incêndios.
Através dessas imagens, que registram dados desde 1973 à 2010, é possível determinar áreas que são mais freqüentes a ocorrência de incêndios, assim sendo investigar os prováveis motivos. Conhecendo essas localidades se estudará o impacto que o fogo causa na vegetação, como cada espécie reage, e qual é o ritmo da recuperação da vegetação.
Os resultados apresentados e discutidos, também, devem ajudar a subsidiar a construção de um modelo de risco de incêndio para o PNCD, além de direcionar as ações necessárias para o controle dos incêndios florestais.É portanto fundamental esse conhecimento para evitar o fogo na Chapada da Diamantina. Dados mais específicos serão divulgados, em breve, na Revista Biodiversidade Brasileira e estará disponível para downloads aqui no blog.

quarta-feira, agosto 03, 2011

Termos de Compromisso com as comunidades de Fazenda Velha e Vale do Pati.

Desde a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina, há 25 anos, muitos conflitos surgiram entre a gestão da unidade de conservação de proteção integral e as populações tradicionais que residem no interior do PNCD, que hoje são geridos pelo ICMBio.
Por ser uma unidade de conservação de proteção integral, praticas comuns a esses habitantes (Pecuária, caça e até mesmo o turismo), são consideradas atividades ilegais, pela legislação. Existe, portanto, um choque entre a cultura tradicional e a legislação pertinente da Unidade de Conservação.
A legislação pertinente (1) prevê a retirada de todos os moradores, pois só permite o uso indireto dos seus recursos naturais. No entanto, a mesma legislação prevê a possibilidade de negociação entre a gestão da unidade de conservação e a população residente.
Acreditando na possibilidade de negociação, o órgão gestor, visualiza a construção participativa de um termo de compromisso, mediante negociações e legitimações de uso do território reconhecendo os saberes tradicionais da população e também a legitimação aos moradores locais em operar atividades econômicas.
Para chegar à assinatura do Termo de Compromisso, faz-se necessário um trabalho de campo e uma pesquisa social, que possibilite conhecer os conflitos existentes, os interesses e os conhecimentos locais. Possibilitando a negociação entre os moradores locais residentes e a gestão da UC. Esse trabalho de pesquisa está em andamento no parque, inicialmente a população do Vale do Pati foi definida como prioritária.


[1] Lei 9.985 - SNUC, 2000.

terça-feira, julho 26, 2011

Preveção contra incêndios florestais

Entre os meses de agosto e fevereiro, a fauna e flora do Parque Nacional tornam-se mais vulneráveis aos incêndios florestais devido à estiagem.
Por conta disso, o PNCD contrata, em caráter temporário, por até 6 meses, 42 brigadistas. Destes, sete já iniciaram seu trabalho em julho; 28 iniciarão em agosto; e os sete restantes começarão em outubro.
O primeiro grupo de brigadistas contratados pelo PNCD realizará intervenções de sensibilização ambiental nas escolas e comunidades rurais do entorno do Parque. Esse será o segundo ano em que tal estratégia é aplicada.
Nas atividades de sensibilização, os brigadistas têm a oportunidade de apresentar à comunidade do entorno o seu trabalho, suas motivações ideológicas e também desmistificar algumas questões relacionadas aos incêndios florestais da Chapada Diamantina.
Entre as diversas dúvidas e mitos, os brigadistas discutem com a comunidade as causas para a existência de tantos incêndios na região. Relacionado a esse tema, por exemplo, espera-se duas reflexões por parte da comunidade: a compreensão de que os incêndios, em sua quase totalidade, são causados por ações humanas; e, consequentemente, como cada cidadão da Chapada pode atuar para minimizar as terríveis conseqüências dos incêndios.
Para muitas das conhecidas causas e motivações de incêndios, a sensibilização ambiental pode ser ferramenta eficaz para que não hajam mais os episódios de grandes incêndios na Chapada. São exemplos destas causas os incêndios provocados para limpeza de roças, renovação de pastagem, caça, coleta de sempre-viva, garimpo e práticas inadequadas de turismo.
Com o formato atual de contratação, nos meses de outubro e novembro – historicamente os meses cruciais, que definem a ocorrência de grandes incêndios ou não – os 42 contratados estarão em atividade e pelo menos sete deles estarão ativos até o mês de março de 2012.

segunda-feira, junho 27, 2011

Preservação da Mata Atlantica


A recente atualização do "Atlas dos Remanescentes Florestais e Ecossistemas Associados da Mata Atlântica. Período 2008-2010", publicado, em 2011, pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), é destinado à determinar a distribuição espacial dos remanescentes florestais e ecossistemas associados da Mata Atlântica.
Apesar deste bioma ser caracteristicamente litorâneo há presença dele na Chapada da Diamantina, assim como em outras regiões do interior do Brasil. Por se tratar de uma atualização, os atuais dados serviram de base para a identificação de alterações florestais (remanescentes florestais, de mangue e de restinga) que já haviam sido identificados na versão anterior do Atlas.
Infelizmente esse relatório acusou que, na Bahia, dentre os 417 municípios do estado, Andaraí é o que mais desflorestou esse Bioma. Além de Andaraí, outros municípios em que o Parque Nacional também está inserido encontram-se entre os que mais desflorestaram a Mata Atlântica do estado da Bahia. A tabela abaixo demonstra a situação de cada um desses municípios:

Município
Área lei Mata atlântica
% Município mata atlântica
Floresta 2010 (Mata, Mangue e restinga)
Decremento
1
Andaraí
1.941
100
26.904
634
15
Mucugê
2.664
43
4.910
133
16
Lençois
1.269
100
9.790
130
19
Itaete
3.274
100
16.467
124
50
Ibicoara
805
67
5.466
37
232
Palmeiras
695
32
1.238
0

Por causa do desmatamento, em todo território nacional, a Mata Atlantica encontra-se extremamente reduzida e fragmentada, sendo que atualmente existe menos de 10% da mata nativa distribuida em mais de 232.000 fragmentos florestais, onde apenas 18.397 são maiores que 1 km² (100 hectares).
Confinada em pequenas areas florestais, a fauna e flora desse ecossistema sofre, além do “efeito de borda”, mudanças no microclima, modificações das relações ecologicas entre as especies e diminuição da biodiversidade, comprometendo a capacidade de regeneração natural e a sustentabilidade das florestas.
Uma das soluções desse isolamentos das “ilhas” de Mata Atlantica seria os corredores ecologicos que ligariam os fragmentos, permitindo uma provavel via de transito para os animais. As APP de beiras de rio seriam um importante corredor ecologico na Chapada da Diamantina, mas infelizmente também essas são constantemente degradas.
Por meio das inovações tecnologicas, desde 1990 (quando se iniciou o mapemanento desse bioma) a escala dos mapas está diminuindo, ou seja: os detalhes estão ficando mais nítidos e, dessa forma, tem sido possivel analisar o estado de conservação da mata atlântica em âmbito municipal. O recente relatõrio apresentado pela fundação SOS Mata Atlantica e pelo INPE não traz boas notícias.
Como em quase todas as questões ambientais, cabe à toda sociedade – governos, indivíduos e empresas – as ações para se reverter a agonia que passa a mata atlântica.


quarta-feira, maio 18, 2011

Pesquisa sobre o Palmiteiro




Desde 25.04.2011, O ICMBio, iniciou os estudos das populações da planta Euterpe edulis, popularmente conhecida como Palmiteiro, dentro do limite do Parque Nacional. Esse estudo faz parte da pesquisa sobre Os aspectos da biologia e distribuição de espécies endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção na região do Parque, que em 2010 pesquisou  as espécies Coco de Raposa (Syagrus harleyi), Buriti (Mauritia flexuosa), Batata-da-Serra (Ipomoea sp. nova)e com uma Orquídea (Adamantinia miltonioides).

Apesar de não ser uma espécie endêmica da Chapada Diamantina, ela encontra-se ameaçada de extinção em todo território nacional por causa da extração de seu palmito.

A pesquisa visa encontrar as populações, percorrer seu habitat e registrar os locais onde os Palmiteiros se encontram, contá-las, classificar seu estágio de vida e a estrutura de suas populações.

Está etapa da pesquisa está sendo realizada por Iara Baberema e Camila Vasconcelos estagiarias de Engenharia Florestal da UESB, Felipe Weber auxiliar do ICMBio e coordenada por Cezar Neubert Gonçalves, Analista Ambiental do Parque.

segunda-feira, abril 04, 2011

14º Reunião do Conselho Consultivo

Conselho Consultivo
No dia 31 de março de 2011, na cidade de Palmeiras, aconteceu a 14ª Reunião Extraordinária do CONPARNA-CD, com a proposta de alteração do seu Regimento Interno.
Nesta reunião, que se iniciou às 09h00 e se prolongou até às 17h00, só foi possível a aprovação de uma parte da proposta de Regimento.
Esta proposta de novo Regimento foi fruto de cerca de dois anos de trabalhos de alguns conselheiros e consultores externos e, sobretudo, o novo texto pretende incorporar ao Regimento do CONPARNA-CD várias normatizações de funcionamento do Conselho que foram aprovadas em reuniões ao longo desses quase 10 anos de funcionamento.
A metodologia da reunião foi a leitura integral da proposta de novo Regimento e, no decorrer da leitura, qualquer membro destacaria itens a serem alterados.
Muitos destaques foram intensamente debatidos pelos conselheiros presentes e, em muitos casos, não foi possível o consenso, tendo sido necessárias algumas votações ao longo do dia.
Após a aprovação do novo Regimento, disponibilizaremos o seu texto no Blog do PNCD. 

Reunião do Grupo Temático de Condutores

No dia 30/03/2011, o Grupo Temático de Capacitação de Condutores se reuniu na cidade de Palmeiras, com participação de 11 pessoas.
Existente há mais de 25 anos, o Parque Nacional não é oficialmente aberto à visitação, apesar de abranger, em seus limites, pontos turísticos mundialmente conhecidos, como a Cachoeira da Fumaça, que, se estima, recebe em média16 mil visitantes anualmente.
Portanto, há necessidade de mudar esse estágio atual e o Plano de Manejo do PNCD propõe formas de se oficializar a visitação. Uma dessas estratégias envolve a capacitação dos condutores de visitantes e guias.
Pelo Plano de Manejo, algumas trilhas do Parque devem ser visitadas com a presença de um guia ou condutor, que atuará, portanto, como um terceirizado do PNCD. Para que essa delegação de serviços (terceirização) aconteça oficialmente é necessária uma capacitação mínima e universal destes profissionais.
A reunião tratou, principalmente, da forma em que essa capacitação deva acontecer; quem serão os condutores que receberão as capacitações; e quais os conteúdos devem ser considerados mínimos necessários para essa capacitação nivelada.
Por enquanto, o consenso entre os participantes desta reunião do GT de Capacitação dos Condutores é de que o mínimo a ser exigido dos Condutores que desejarem se habilitar oficialmente para guiar no Parque Nacional Chapada Diamantina será: ter concluído um Curso de Mínimas Competências para Condutor de Visitante (CMC); ter feito um curso de primeiros socorros nos últimos dois anos; e ter feito um curso de prevenção e combate a incêndios.
Ainda há muito a ser discutido pelo GT, que se reunirá novamente no próximo mês. Até a abertura oficial da visitação pública do Parque Nacional, há muitas metas a serem realizadas.

segunda-feira, março 21, 2011

Reunião do Conselho Consultivo, 17/03

A reunião do Conselho Consultivo do dia 17 de março de 2011 foi realizada na Câmara Municipal de Mucuge e teve a participação de 21 conselheiros, representando variadas entidades com atuação na região do PNCD. A seguir um resumo das principais discussões:

Gastos em 2010
Nesta reunião foram apresentandas os gastos financeiros realizados no PNCD no ano de 2010. (veja postagem com os detalhes destes gastos)

Pesquisas da equipe do PNCD
Foram apresentados alguns resultados das pesquisas científicas conduzidas pela equipe do PNCD.
Houve boa participação dos conselheiros na discussão sobre a relação da vegetação da Chapada com os incêndios. Os resultados preliminares apontam a palmeira buriti como sendo uma espécie especialmente ameaçada, localmente, pelos incêndios.
Outros dados dessa pesquisa, obtidos por imagens de satélite dos últimos 30 anos, mostram as áreas do PNCD que sofrem com reincidentes episódios de incêndios, resultando em cerca de 61% da área do Parque já queimada em algum momento dos últimos 30 anos.
Divulgou-se um artigo escrito pela equipe do PNCD e publicado na popular revista de divulgação científica "Ciência Hoje" (número 276, de novembro de 2010) que trata dos impactos ambientais decorrentes dos incêndios da temporada 2008/2009.
Para o ano de 2011 o PNCD prosseguirá com as seguintes pesquisas: efeitos dos incêndios sobre a vegetação; espécies endêmicas de plantas que ocorrem no PNCD; e análise dos limites do PNCD.

Resultados da temporada de incêndios 2010/2011
Neste período foi contabilizado que menos de 1% da área do PNCD foi incendiada. Esse resultado é uma combinação de diversos fatores.
Além dos fatores climáticos favoráveis no período, destaca-se a presença, logo no início da temporada, de dois aviões e um helicóptero, sendo que este permaneceu durante o mês de outubro à disposição do PNCD.
Alguns conselheiros acreditam que a aeronave representa certo poder de inibição da ação dos incendiários.
Dos pontos apresentados pela equipe do PNCD, destaca-se, negativamente, o estado precário do sistema de radiocomunicação do Parque, significando um ponto de grande fragilidade em qualquer planejamento relacionado aos incêndios.

Operação Carnaval
A equipe do PNCD relatou a operação realizada durante o Carnaval nas trilhas da Cachoeira da Fumaça por Cima e Vale do Pati.
Alguns conselheiros elogiaram a presença institucional nestes pontos durante feriados e altas temporadas. Um exemplo dado para demonstrar a importância da presença institucional em atrativos principais foi a de um visitante que, dias antes do Carnaval, teve um sério problema de saúde na trilha da Fumaça por Cima, tendo sido resgatado pelos monitores da ACV-VC e brigadistas do PNCD. Outros presentes apontaram que a presença institucional minimizou problemas de segurança e impactos ambientais tanto na Cachoeira da Fumaça, quanto no Vale do Pati.

Regimento Interno do Conselho
Os conselheiros presentes optaram por levar as discussões de alteração do Regimento Interno para uma próxima reunião, de caráter extraordinário, que acontecerá no dia 31 de março próximo, na cidade de Palmeiras, com início às 9h00.
Aproveitando essa data, marcou-se, também, um encontro do Grupo Temático de Capacitação dos Condutores de Visitantes para o dia 30 de março, também em Palmeiras.