sexta-feira, dezembro 14, 2012

Sítios pré-históricos, Pinturas Rupestres



O Parque Nacional Chapada Diamantina, além de sua rica diversidade biológica, também apresenta valorosas manifestações histórico cultural, que perpassam e registram diferentes estágios da ocupação humana nessa localidade. Apresentaremos aqui alguns registros dessas sociedades.


  
Sítios pré-históricos, Pinturas Rupestres 


As pinturas rupestres são as primeiras manifestações culturais da Chapada Diamantina, que datam de 6.000 a 2.000 a.p (antes do presente). Elas são produtos dos indígenas, primeiros habitantes da região. Estudá-las permite entender a dinâmica social; possibilita a identificação das transformações ambientais; além de testemunhar de uma maneira especial a apropriação do meio e a percepção da natureza por esses povos.

As pinturas rupestres são, portanto, um elo comunicativo com a cultura, cotidiano e crenças de nossos antepassados. No entorno do Parque Nacional Chapada Diamantina (PNCD) há uma variedade de sítios rupestres que representam seres humanos, a fauna e flora local, além de figuras geométricas abstratas. Segundo arqueólogos, as inscrições na região do PNCD não compreendem a representação visual de um único universo simbólico primitivo (de uma única tribo e/ou de um único período histórico).

Na região há forte presença de duas tradições rupestres, que foram agrupadas conforme características representativas e materiais utilizados para a realização da pintura. São elas: Tradição Nordeste e Tradição Agreste.

Na Tradição Nordeste há equilíbrio entre a presença de cenas antropomorfas (formas humanas) e zoomórficas (que lembram animais), além disso, identificaram presença de enfeites e atributos aos desenhos antropomórficos que indicam a possibilidade de hierarquia nas tribos.

Já a Tradição Agreste tem como característica mais marcante o aparecimento de grafismos puros, bem elaborados e cuidadosamente desenhados, como se houvesse a impressão de representar algo complicado e/ou labiríntico, em forma de grades, espirais, entre outros, essas pinturas lembram à pintura corporal de alguns grupos indígenas.

Preservar e estudar as pinturas rupestres é fundamental para compreender a pré-história brasileira.  Em 2005, quando foi realizado o Plano de Manejo do Parque, foi realizado estudo sobre pinturas rupestre no entorno do PNCD que identificou a existência de sete sítios arqueológicos dentro da UC, sendo dois na serra do Capão, um no Sitio da Liminha, dois próximos a cidade de Mucugê, um em Ibicoara e outro na Volta da Serra, município de Palmeiras. 





sexta-feira, novembro 09, 2012

Fortes chuvas diminuem o Risco de Incêndios na região do Parque Nacional Chapada Diamantina

Depois de meses de uma prolongada e histórica estiagem, começou a chover intensamente na Chapada Diamantina diminuindo o risco de incêndios florestais na região e enchendo os rios que fornecem água à população local.
Em Lençóis, nesses primeiros oito dias de novembro, já choveu quase 100 milímetros, sendo a média normal de chuva em novembro de 200 milímetros.
O mês de outubro, por sua vez, foi o ápice da seca e dos riscos de incêndios florestais na Chapada. Neste período, alguns importantes incêndios devastaram grandes áreas da região, chegando a ameaçar propriedades e residências na área de Piatã.
Por quase todo o período de estiagem deste segundo semestre, os incêndios ocorreram em áreas externas do Parque Nacional ou, quando muito, em partes periféricas da unidade de conservação. Foi somente com a primeira ameaça frustrada de forte chuva, ocorrida no dia 31 de outubro, que surgiram incêndios preocupantes no interior do Parque, causados por quatro raios daquela tarde.
Os incêndios de grande destaque na área do PNCD, ocorridos em outubro, foram:
- Serra do Esbarrancado, entre os municípios de Palmeiras e Mucugê;
- Rio Piaba/Salobrinho/Invernada/Bom Jardim, entre os municípios de Andaraí, Mucugê e Itaetê;
- Rio São José/Ribeirão de Baixo, município de Lençóis;
- Rio Jibóia, entre os municípios de Ibicoara e Itaetê;
- Serra da Chapadinha, municípios de Andaraí e Itaetê
- Serra do São Pedro/Monte Azul, município de Mucugê;
- Serra da Continguiba, município de Mucugê;
- Rampa do Caim, no município de Andaraí, distrito de Igatu
Um outro incêndio importante ocorreu ao Norte do município de Lençóis, consumindo extensas áreas da Serra das Paridas, Estiva até as proximidades do Vale do Cercado e rio Santo Antônio, alcançando, assim, o interior da Área de Proteção Ambiental Estadual Marimbus-Iraquara.
As áreas queimadas no interior e no entorno do PNCD estão sendo estimadas e em breve serão divulgadas
         Há previsão de chuvas para os próximos dias, segundo o site weather.com, nos dias 11 e 17 novembro, haverá pancadas de chuva na Chapada Diamantina, nos outros dias o céu estará nublado.

terça-feira, outubro 23, 2012

Região do Parque Nacional Chapada Diamantina enfrenta sucessíveis focos de incêndios florestais.



Após debelado na madrugada de hoje (23/10/2012) o Incêndio Florestal que atingiu a Serra do Esbarrancado, no município de Palmeiras,  Parque Nacional Chapada Diamantina foca seus esforços no incêndio do Três barras/Piaba, no município de Mucugê.
O Incêndio florestal na Serra do Esbarrancado durou três dias e foi combatido por brigadistas contratados do ICMBio e  brigadistas voluntários de Palmeiras e Guiné (Mucugê)e Capão.  No momento nove brigadista realizam o monitoramento e rescaldo desde incêndio, para evitar que o fogo reacenda.
No Três barras/Piaba, o incêndio que iniciou no sábado (20/10/2012) é fora do limites do Parque, mas o fogo se propaga em direção ao PNCD. Os recursos que foram utilizados no combate ao incêndio na Serra do Esbarrancado foram direcionados para o fogo de Três barras/Piaba. Estão combatendo o incêndio em Três barra/Piaba brigadistas do ICMBio, Prevfogo (IBAMA) e brigadistas voluntários de Palmeiras, lençóis, Igatu (Andaraí), Guiné (Mucugê)
 Já chegaram ao aeroporto Tanquinho quatro aviões de combate a incêndio Air Tractor, sendo 2 do ICMBio e 2 do Governo do Estado. Entretanto, o Parque aguarda a chegada do caminhão de apoio, vindo de Minas Gerais, para poder utilizá-los no combate aos focos de incêndios.
Durante todo o ano de 2012, a Chapada Diamantina tem enfrentado forte estiagem. Desde terça-feira, dia 02 de outubro, o Governador Jaques Wagner decretou situação de emergência na região devido ao alto risco de incêndio florestal.
Neste período de alto risco de incêndio florestal, o Parque Nacional Chapada Diamantina conta com o apoio do governo do Estado da Bahia, dos brigadistas voluntários e recomenda que a população local e visitante não faça fogueiras ou pratiquem queimada em roça.

sexta-feira, outubro 05, 2012

É alto o risco de Incêndio Florestal no Parque Nacional Chapada Diamantina



Foi decretada situação de emergência na região da Chapada Diamantina e oeste baiano, pelo governo do Estado da Bahia, devido a risco de incêndios florestais.
Nessa, terça-feira, dia 02 de outubro, o Governador Jaques Wagner decretou situação de emergência em quase 60 municípios, entre eles cinco, dos seis, municípios circunvizinhos ao Parque Nacionais Chapada Diamantina: Lençóis, Mucugê, Iraquara, Itaeté e Ibicoara
Durante todo o ano de 2012, o interior baiano tem enfrentado forte estiagem. No inicio deste ano, o Parque Nacional Chapada Diamantina já enfrentou graves e sucessivos focos de incêndios que só abrandaram por causa de alguns dias de chuva leves, vindas do litoral, nos meses de junho, julho e agosto. Mas o baixo índice pluviométrico dos últimos meses e a elevação da temperatura devido à aproximação do verão torna a deixar vegetação local seca e, conseqüentemente, vulnerável a propagação de incêndios.
A maior parte dos focos de incêndios na região do PNCD é provocada por ações antrópicas, ou seja, pelo ser humano. O motivo de um incêndio é diverso, e podem ser intencional ou acidental, por exemplo: acidentalmente uma fogueira mal apagada ou, então, um fogo para abrir roça, podem sair do controle e se tornar um incêndio florestal; mas também ocorrem, na região, fogos intencionais, por razões litigiosas.
Dados metereológicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, também aponta o alto risco de incêndio florestal que a biodiversidade do PNCD encontra-se. Portanto, a gestão do PNCD encontra-se em alerta para combater qualquer eventual foco de incêndio com rapidez e agilidade.