quinta-feira, março 29, 2012

Incêndio Florestal no morro do Pai Inácio


Novos focos de Incêndios Florestais na região Parque Nacional Chapada Diamantina, sendo um no Morro do Pai Inácio e outro na Serra do Canoão.
Devido ao clima quente e seco estagnado na região, a mata encontra-se extremamente vulnerável a queimada e a rápida propagação de incêndio, essa semana no Parque houve numerosos focos de incêndio.
Ontem, dia 28/03/2012, houve combate no Morro do Pai Inácio, ponto turístico, próximo a BR-242, no município de Palmeiras. Quatro brigadas voluntárias participaram desse combate: BRAL, BVL, Carcará e a brigada de Campos de São João, totalizando cerca de 30 voluntários. Hoje, 29/03/2012, está sendo realizado o rescaldo.
Há principio de fogo em Lençóis, na Serra do Canoão. Uma aeronave do ICMBio, que está a disposição do PNCD, realiza combate aéreo e avalia as propriedade e localização desse incêndio que inicia-se. O Morro Branco também está sendo monitorado por essa aeronave.
Na Bahia já são centenas de municípios baianos com Estado de Emergência ou Calamidade Pública, decretados por causa da seca.

Curso de Formação de Brigadistas de Combate a Incêndios Florestais

Ofício Circular No 003/2012 PNCD


Palmeiras, 28 de março de 2012


Às Brigadas Voluntárias e Departamentos Municipais de Meio Ambiente
Assunto: Curso de Formação de Brigadistas de Combate a Incêndios Florestais

É com satisfação que informamos sobre os Cursos de Formação de Brigadistas de Combate a Incêndios Florestais que serão ministrados pelo ICMBio/Parque Nacional da Chapada Diamantina em 2012.



LOCALIDADE DO CURSO
DATA DO CURSO
DATA DE INSCRIÇÃO
1º curso
Cidade de Palmeiras
30/04 a 04/05
Até as 17h00 do dia 27 de abril
2º curso
Cidade de Mucugê
07 a 11/05
Até as 17h00 do dia 04 de maio
3º curso
Cidade de Ibicoara
14 a 18/05
Até as 17h00 do dia 11 de maio


Cada curso terá 40 vagas e as inscrições devem ser feitas pelo telefone: (75) 3332-2310; pelo e-mail: parnadiamantina@yahoo.com.br; ou presencialmente no escritório do PNCD em Palmeiras.
No momento da inscrição completa no curso o candidato deve apresentar um atestado médico informando as suas condições de saúde para realizar o curso, sem o qual não se inscreverá.
O candidato que tem carteira nacional de habilitação (carteira de motorista) deve informar na hora da inscrição o tipo de carteira e a sua data de vencimento.
O candidato inscrito deverá realizar, no início do primeiro dia do curso, um Teste de Aptidão Física, que tem caráter eliminatório e classificatório.

          Atenciosamente,

BRUNO SOARES LINTOMEN
Chefe do Parque Nacional da Chapada Diamantina

terça-feira, março 27, 2012

Sobre as causas e motivações de um Incêndio Florestal (Em atenção a uma dúvida exposta no nosso Blog)

Os incêndios florestais podem ser divididos em duas origens: naturais ou antrópicas (causados pelo ser humano).  Na região do Parque Nacional da Chapada Diamantina considera-se que a única causa natural de incêndio florestal são os relâmpagos. Todas as demais origens de incêndios têm como causa uma ação humana.
Os incêndios que são causados por relâmpagos só ocorrem em situação climática muito específica e rara, quando há formação de nuvens, relâmpagos e a vegetação encontra-se seca o suficiente para que o fogo se propague. Em geral, mesmo quando um incêndio causado por relâmpago ocorre, sua extensão é modesta, haja vista que normalmente ocorrem chuvas na seqüência ou porque a umidade do solo e do ar são inibidoras da propagação do fogo.
Os incêndios causados por ações humanas têm inúmeras motivações. Algumas delas acidentais, outras intencionais. Ou seja, a pessoa que causou o incêndio pode ter tido essa intenção deliberadamente, ou esse acontecimento pode ter sido acidental. A título de exemplo, um agricultor que deseja fazer um fogo de coivara (para queimar restos vegetais em uma área para implantar uma roça) não pretende, necessariamente, que o fogo se alastre para fora da área da roça.
Por outro lado, há aqueles que iniciam um incêndio florestal cientes do mal que estão causando. Genericamente, essa motivação é chamada de litigiosa. No entanto, não importa se um incêndio é causado acidental ou intencionalmente, em ambos os casos será considerado um crime ambiental e, conseqüentemente, seu responsável pode receber as sanções previstas pela legislação.
Ocorre que identificar o responsável por um incêndio florestal é tarefas das mais difíceis. Não bastaria realizar a perícia que apontaria o local de origem do incêndio, pois esse é apenas o primeiro de uma grande série de passos. Identificado o local e, eventualmente, até o artefato que fora utilizado para iniciar o incêndio, ainda assim estas descobertas não conduzem, necessariamente, ao autor desse crime.
Muitas vezes ouve-se dizer que se um incendiário fosse identificado e devidamente punido, este crime diminuiria na Chapada. Contudo, nos últimos nove anos, já foram identificados e punidos cerca de cinco incendiários e, infelizmente, não foi perceptível qualquer diminuição de incêndios relacionados a isso.

segunda-feira, março 26, 2012

PNCD enfrenta seis focos de incêndios.

Serra do Cadombá, Palmeiras-BA
O Parque Nacional Chapada Diamantina está enfrentando seis focos de incêndio simultaneamente, sendo três em Mucugê (um dentro do Parque e dois no entorno), dois no Vale do Capão e um em Campos do São João.
 O ano de 2012 iniciou com um clima atípico, trazendo uma estiagem prolongada para  toda a região. Já são centenas de municípios baianos com Estado de Emergência ou Calamidade Publica, decretados por causa da seca.
Nas proximidades do Vale do Capão (município de Palmeiras), os incêndios estão na Serra do Candomba e nas cercanias do Morro Branco, ambos no interior do Parque Nacional. 
O incêndio próximo ao povoado de Campos de São João (também no município de Palmeiras) se iniciou na área conhecida como Gerais da Moitinha, fora do Parque Nacional, mas já adentrou na Unidade de Conservação pela Serra da Bacia. 
No município de Mucugê, os incêndios encontram-se nas localidades conhecida como: Fazenda Ibicoara, povoado das Caraíbas e nas proximidades de Campo Alegre – sendo esse ultimo dentro do Parque Nacional.
Na Chapada Diamantina os incêndios são a maior ameaça ao Parque Nacional e um grande risco entre os meses de agosto a dezembro. No entanto, pelo clima deste ano, grandes e preocupantes incêndios se iniciaram em janeiro e persistem até o momento.
Os combates a estes incêndios têm sido realizados por dezenas de brigadistas voluntários com o apoio do ICMBio, Governo do Estado da Bahia e pessoas das comunidades próximas. Até o momento já foram mobilizados cerca de 70 brigadistas voluntários, um helicóptero e duas aeronaves estão a caminho.

segunda-feira, março 19, 2012

Orquídea – Adamantina miltonioides


O Parque Nacional Chapada Diamantina abrange uma grande quantidade de espécie exclusiva da região. Periodicamente, o blog do PNCD, apresentará um pouco desses seres vivos e suas particularidades.

Orquídea – Adamantina miltonioides
 
As orquídeas apresentam mais de mil gêneros e cerca de 25 mil espécies distribuídas em todos continentes, menos Antártida. Dentro do PNCD há ocorrência exclusiva de uma dessas espécies, Adamantinia miltonioides, que está adaptada a sobreviver apenas no interior dessa Unidade de Conservação. Essa espécie é majoritariamente epífita, isto é, crescem sobre as árvores; ostenta de uma a seis flores de coloração rosa forte, que abrem sucessivamente (até quatro simultâneas). Essa orquídea cresce em locais de sol forte e altitudes elevadas.
Descoberta em 2004 por Cássio Van den Berg e Cezar Neubert Gonçalves, A. miltonioides foi vista poucas vezes, sempre em locais de difícil acesso da Chapada Diamantina. Em 2010, o ICMBio realizou um vasto projeto de pesquisa intitulado: Aspecto da biologia e distribuição de espécies endêmicas raras ou ameaçadas na região do Parque Nacional Chapada Diamantina. Durante esse trabalho, que buscou conhecer melhor a orquídea A. miltonioides, foram realizadas 12 expedições especificamente com o objetivo de encontrá-las. Entretanto, em apenas duas expedições localizaram novas populações da espécie.
Apesar da dificuldade de localizar essa orquídea, esse intensivo trabalho de busca por populações resultou no aumento sensível no numero de plantas conhecidas da espécie. Ao todo foram amostradas 75 plantas de A. miltonioides.
Assim como essa espécie única de orquídea, outras tantas espécies raras da Fauna e Flora da Chapada Diamantina, encontram-se adaptadas exclusivamente aos diversos micros ecossistema dessa Unidade de Conservação. Cada nova descoberta aumenta mais a nossa responsabilidade em proteger ambientalmente esse vasto e rico Parque Nacional.

quarta-feira, março 07, 2012

Falta de chuva deixa PNCD mais vulnerável a incêndios na vegetação

Falta de chuva, nos últimos meses, deixa o Parque Nacional Chapada Diamantina (PNCD) mais vulnerável a incêndios. Já são numerosos os focos de incêndios, nos últimos dias.
Os incêndios no PNCD estão diretamente associados a ações antrópicas e as freqüentes estiagens do clima da região. A vegetação seca entra em combustão facilmente, por isso, nesses períodos de estiagem, é importante maior atenção e zelo com o rico ecossistema do Parque para evitar que atitudes irresponsáveis e inadequadas causem desastrosos incêndios.
No mês de Fevereiro, houve combate ao fogo próximo ao Morro do Pai Inácio, durante uma semana, sempre na mesma localidade. Após o foco ser debelado, no outro dia o mesmo ressurgia. O constante ressurgimento desse foco por 5 dias consecutivos leva a considerar que os incêndios foram propositais, o que configura u, crime ambiental,    segundo a Lei Federal nº 9.605/98.
Na região de Machobongo, em Ibicoara, no dia 4 de Março de 2012, foi detectado um foco de incêndios por moradores locais e guias turísticos. O combate a esse incêndio florestal contou com cerca de 50 pessoas e foi controlado através de combate direto – corpo a corpo na linha do fogo, com auxilio de aeronaves. Acredita-se que a causa desse incêndio possa ser a caça, extração de espécie vegetal ou litígio com o ICMBio. Os danos foram causados em vegetação nativa.
O fogo no Parque Nacional Chapada Diamantina é a maior ameaça a conservação da região e a maior parte desses incêndios é causada por humanos: não são naturais.