ICMBio inicia manutenção em trecho da Travessia do Pati.

   O trecho de trilha conhecido como rampa da Ruinha, integrante da Travessia do Pati, começou a receber manutenção do ICMBio neste mês de dezembro. A rampa da Ruinha consiste de uma descida de 500 m com alta declividade localizada no trajeto que liga o distrito do Guiné ao Vale do Pati. A porção superior da trilha está sobre rocha exposta na forma de degraus irregulares e pedras soltas; a porção inferior está sobre uma camada de solo que fica muito escorregadia quando chove.

   As atividades iniciais na trilha estão ocorrendo na sua porção superior com o reposicionamento e estabilização de pedras. Posteriormente a parte inferior também receberá intervenções.

   Em função do risco de deslizamentos a trilha será interditada no momento em que a equipe de campo estiver trabalhando. Um funcionário irá orientar os visitantes sobre a manutenção e o desvio do trecho, que ocorrerá pela trilha do arrodeio.

   As atividades de manejo realizadas nas trilhas do Parque Nacional consistem em intervenções para corrigir erosões, pedras soltas e áreas escorregadias bem como propiciar maior segurança ao visitante. As técnicas utilizadas são de baixo impacto e não descaracterizam a paisagem natural.

        

Acima: Imagem de satélite indicando a localização da rampa da Ruinha, Travessia do Pati; a linha clara representa o traçado da trilha.

Abaixo: Manejo de trecho na parte superior da rampa da Ruinha. Inicialmente o trecho apresentava erosão e pedras soltas. Após a manutenção estes problemas foram sanados com  as pedras reposicionadas de forma mais estável.

Resíduos Sólidos e Saneamento Básico são temas da 50a reunião ordinária do CONPARNA-CD

No sentido horário: Cena do espetáculo Por amor à vida, lixão não!; Alexandre Emanuel, do
Grupo Ambientalista de Lençóis (GAL); Almoço no melhor do estilo "comida de rua".

        Próximo de completar 13 anos de atuação, o Conselho Consultivo do Parque Nacional- CONPARNA-CD realizou sua 50a Reunião Ordinária no último dia 18 na Casa Afrânio Peixoto, em Lençóis.

       A reunião iniciou-se com a exibição de vídeos e da peça Por Amor à Vida, Lixo Não! O espetáculo teve direção da educadora Líllian Pacheco com participação dos jovens do Grãos de Luz e Griô. Durante o evento circulou um abaixo assinado para inclusão do tema Plano Municipal Integrado de Resíduos Sólidos na agenda do poder público de Lençóis.

      A seguir, Alexandre Emanuel, representante do GAL-Grupo Ambientalista de Lençóis, apresentou os resultados do Programa Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos. Este programa tem como objetivo estabelecer uma rede solidária para gestão de resíduos recicláveis no município de Lençóis. Ao longo deste ano foram desenvolvidas diversas atividades de sensibilização, como a Gincana Socioambiental e II Festival de Reciclagem, e capacitações para o reaproveitamento de materiais. O Programa de Coleta Seletiva, realizado há 10 anos pelo GAL, foi ampliado a com a inauguração de três novos Postos de Entrega Voluntária na cidade. O próximo desafio é conseguir criar um Sistema Regional Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos para 12 municípios, que seria a proposta do Programa Recicla Chapada.

       Outro tema de pauta foi o projeto Sustentabilidade em Ação, apresentado por Vitória Moraes, da Associação de Pais, Educadores e Agricultores de Caeté-Açu (APEA-CA). O projeto foi realizado no Vale do Capão, município de Palmeiras. No ano de 2013 se iniciaram atividades de levantamento da situação do saneamento básico na localidade (tipo de esgotamento sanitário, qualidade da água das fontes de abastecimento) para subsidiar a elaboração de um Plano de Saneamento para o Vale. A proposta do Plano foi apresentada publicamente no dia 26 de julho para a população da região e deve integrar o Plano Municipal de Saneamento Básico de Palmeiras.

        A seguir foi tratado o assunto do aniversário de 30 anos do Parque em 2015. Foi eleito um grupo de trabalho para propor quais serão as atividades a serem realizadas. Por fim foi elaborada a agenda de reuniões de 2015, previstas para 19 de março, 21 de maio, 20 de agosto e 19 de novembro de 2015.

        Confira a ata da reunião na aba conselho consultivo.

Projeto de Eletrificação Solar em comunidades do Parque Nacional é apresentado para o CONPARNA

1ª coluna: Wilson Cardoso, prefeito de Andaraí; Bruno Lintomen, chefe do Parque Nacional; Marcelle Andrade, da AVSI Brasil. Ao centro: Ana Paula de Jesus, engenheira solar moradora da região da Estrada Velha; 2ª coluna: Emílio Tapioca, secretário de Cultura de Andaraí; Mônica Santos, da Enel Green Power; moradoras da Estrada Velha.

  No último dia 07, na Câmara de Vereadores de Andaraí, foi apresentada na 17ª Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina - CONPARNA um projeto de instalação de placas solares para uso residencial nas comunidades da região da Estrada Velha. O projeto é uma iniciativa da empresa italiana de energia renovável Enel Green Power em parceria com a ONG Barefoot College e a ONG AVSI Brasil.

    A Estrada Velha é uma antiga via que existe entre as cidades de Lençóis e Andaraí, com cerca de 25 km, sendo que 20 estão localizados dentro do Parque Nacional. Na região desta estrada existem algumas comunidades como Garapa, Limoeiro, Roncador, Capivara e Fazenda Velha. 

     Nos últimos meses de 2013 e início de 2014 Ana Paula Pereira de Jesus, moradora da comunidade do Garapa, passou 6 meses na Índia, participando de um programa de treinamento para se tornar uma engenheira solar. O treinamento foi realizado na Barefoot College ("Universidade dos Pés Descalços", numa tradução livre) que é uma organização não governamental que atua em comunidades rurais com o objetivo de torná-las auto-suficientes e sustentáveis. A instituição parte do pressuposto que as pessoas que moram em áreas rurais empobrecidas não necessitam ter qualificações educacionais para adquirir habilidades que podem ser utilizadas a serviço da sua comunidade. Todo ano participam deste programa mulheres, preferencialmente de meia idade, escolhidas por comunidades da Índia ou outros países do mundo onde dificilmente seriam implementados sistemas de eletrificação solar.

    A Enel Green Power irá doar placas solares para as associações das comunidades, que por sua vez irão cedê-las via termo de comodato para cada unidade familiar. A instalação e manutenção das placas solares será realizada por Ana Paula. A AVSI-Brasil irá realizar o monitoramento do programa e o fortalecimento das associações. 

  Comunidades tradicionais residentes no interior de Unidades de Conservação como Parques Nacionais são amparadas por diversos instrumentos legais, da Constituição de 1988 à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é signatário. Sobre este assunto recentemente o Ministério Público Federal lançou o Manual "Territórios de Povos e Comunidades Tradicionais e as Unidades de Conservação de Proteção Integral", um "esforço de sistematização de informações e aplicação de sugestões práticas baseadas na perspectiva da conciliação de interesses, visando apoiar a condução de procedimentos em que se verifique o enfrentamento do desafio da compatibilização de direitos". A publicação pode ser conferida em http://migre.me/mMtK2 .

    A ata da reunião pode ser acessada na aba Conselho Consultivo .

Parque Nacional da Chapada Diamantina apoia ações para monitorar atropelamentos da Fauna Silvestre

 
  O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é parceiro do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE), sediado na Universidade Federal de Lavras (MG), em ações para monitoramento da fauna atropelada dentro e fora das Unidades de Conservação (UCs). Essas iniciativas são desenvolvidas pelo Projeto Malha, que contempla sete das 313 UCs administradas pelo Instituto. O objetivo é conhecer os impactos dos empreendimentos viários sobre a biodiversidade e encontrar soluções para o problema.

   Desde março deste ano a equipe do Parque Nacional da Chapada Diamantina realiza o monitoramento da fauna atropelada das rodovias que ligam a cidade de Palmeiras à cidade de Lençóis, trecho com 60km de extensão. São registrados todos os animais vertebrados encontrados, incluindo animais domésticos. Em média são encontrados 12 animais em cada vistoria. Do total de animais encontrados 37% foram anfíbios, 22% foram aves, 22% répteis e 18% são mamíferos. 

   Quem quiser contribuir com a iniciativa pode fazer o registro de avistamento de animais atropelados em rodovias através do Urubu Mobile, aplicativo de celular disponível para os sistemas sistemas Android e IOS.

       No próximo dia 15 será celebrado o Dia Nacional de Urubuzar (DNU).A ideia é divulgar o problema do atropelamento de fauna e difundir o Sistema Urubu de monitoramento de fauna selvagem.
       Maiores informações sobre o projeto podem ser encontradas em:
Portal CBEE.- http://cbee.ufla.br
Publicações CBEE: http://issuu.com/portal.cbee
Mapa de atropelamentos.- http://sig.bafs.cbee.ufla.br
Facebook do CBEE.- https://www.facebook.com/CBEE.UFLA

     

Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina realiza 49a reunião ordinária



No sentido horário: participantes da reunião; Magniel Souza
Silva; Tatiana Neves e Erika Campos. 

    A reunião ocorreu no dia 16 de outubro no centro cultural de Mucugê e contou com a presença de 25 conselheiros. Também estiveram presentes representantes da UFBA- Universidade Federal da Bahia, Fórum Baiano de Agrotóxicos, brigada de incêndios do Prevfogo-IBAMA em Itaetê e representantes das comunidades da estrada Velha.

     Danielle Vilar, representante de um grupo de ciclistas de Mucugê, iniciou a primeira pauta apresentando a proposta de implantação de uma ciclovia entre a cidade de Mucugê e a área rural conhecida como Floricultura. A ciclovia seguiria paralela à BA-142 e teria um trecho dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, motivo pelo qual a proposta foi encaminhada para o ICMBio e apresentada ao Conselho.

      A seguir se passou para a temática da Estrada Velha. Bruno Lintomen, presidente do Conselho, informou que no mês de setembro técnicos do Serviço Florestal dos Estados Unidos estiveram na região para avaliar as condições da estrada. O Plano de Manejo do Parque prevê a recuperação e utilização desta via e a equipe gestora do Parque busca parcerias para viabilizar estas atividades. Magniel Souza Silva, representante da comunidade Fazenda Velha e Edmilson Souza Santos, representante da comunidade do Garapa, apresentaram ao conselho os documentos que estão encaminhando para o ICMBio com reivindações de melhorias para suas comunidades.

      Por fim passou-se ao último ponto de pauta previsto, o Manejo da trilha da cachoeira da Fumaça por cima. Bruno Lintomen relatou que a implantação de melhorias nesta trilha está entre as prioridades de gestão do Parque. Encontra-se em desenvolvimento um projeto de sinalização interpretativa para a trilha e uma pesquisa para levantamento do perfil do turista que visita a cachoeira. Além disto, no mês de setembro ocorreu um curso de manejo de trilhas. No entanto, as atividades na trilha encontram-se atualmente prejudicadas devido a um incidente que ocorreu entre um membro da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão-ACV-VC e brigadistas do Parque Nacional. O conselho consultivo aprovou uma moção direcionada a ACV-VC na qual repudia os atos ocorridos e solicita posionamento da associação.

     Os documentos produzidos na reunião podem ser acessados na aba Conselho Consultivo.   

     O Conselho Consultivo do Parna Chapada Diamantina se reune 4 vezes por ano, sendo as reuniões abertas para quem quiser participar. A próxima reunião será realizada em conjunto com o conselho da APA Marimbus-Iraquara no dia 18 de novembro, na cidade de Lençóis.

     

Serviço Florestal dos Estados Unidos realiza visita técnica ao Parque Nacional da Chapada Diamantina

                   

       O Parque Nacional da Chapada Diamantina recebeu no período de 23 a 28 de setembro a visita de dois técnicos do Serviço Florestal dos Estados Unidos. Com larga experiência em engenharia de estradas rurais e trilhas os técnicos estiveram na trilha da Cachoeira da Fumaça, no município de Palmeiras, e na Estrada Velha, nos municípios de Lençóis e Andaraí. Na trilha da Cachoeira da Fumaça foram analisadas medidas para sanar a erosão no seu trecho de maior declividade e o empoçamento no seu trecho mais plano. Já na Estrada Velha houve um reconhecimento para averiguar quais seriam as futuras possibilidades de intervenção. Também foi realizado um Workshop sobre técnicas de manejo voltado para a trilha da Cachoeira da Fumaça. O Workshop ocorreu nos dias 26 e 27 na sede da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC), município de Palmeiras, e contou com a participação de guias e parceiros da região.

       Os Parques Nacionais têm como um de seus objetivos receber visitantes. Por serem patrimônio de todo o povo brasileiro é importante que ofereçam condições de acesso a diversos públicos: crianças, idosos, esportistas, famílias, etc.. Cada perfil de visitantes possui diferentes necessidades e expectativas. Enquanto para uma família uma trilha ideal teria uma pequena distância, poucos obstáculos e presença de outras pessoas, para um grupo de esportistas o ideal poderia ser uma travessia de vários dias com alto grau de dificuldade sem o encontro com outros grupos. 

      Dentro da rede de trilhas do Parque Nacional da Chapada Diamantina há desde caminhos históricos pavimentados com pedras que serviam para o abastecimento de antigos garimpos e povoados até estreitas vias abertas pelo gado colocado na região para pastar nas épocas de seca. Para adequar estas trilhas às necessidades de uso atuais e implantar medidas de prevenção ou reparo de erosões se utiliza o campo de técnicas conhecido como Manejo de Trilhas, originado da Engenharia de Estradas Rurais.

       O ICMBio vêm trabalhando em parceria com o Serviço Florestal desde 2009. As atividades no Parque Nacional da Chapada Diamantina contaram com o apoio do Hostel Caminhos da Chapada, da cidade de Palmeiras, e da ACV-VC.

Parque Nacional da Chapada Diamantina completa 29 anos e intensifica ações na Cachoeira da Fumaça

         No último dia 17 o Parque Nacional da Chapada Diamantina completou 29 anos de atividades. Neste mês de aniversário do Parque o ICMBio concentra seus esforços em um de seus atrativos mais conhecidos, a cachoeira da Fumaça. A cachoeira da Fumaça, segunda maior do Brasil com seus 340m de altura, recebe em média 15 mil visitantes por ano e conta com o monitoramento voluntário da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC).  

Cachoeira da Fumaça (Foto: Calil Neto)

          A trilha da Cachoeira da Fumaça por cima, que se inicia na vila do Capão, município de Palmeiras, e segue até o topo da cachoeira, é o principal caminho utilizado para se conhecer este atrativo. A trilha já existia muito antes da criação do Parque, tendo sido aberta como via de acesso aos garimpos na região de serra e posteriormente utilizada por criadores de gado. Como a trilha não foi planejada com o devido cuidado para evitar erosões e propiciar segurança para os caminhantes, hoje vemos um caminho com acessibilidade reduzida e bastante degradação.   Uma das prioridades da equipe gestora é tornar estra trilha mais sustentável em termos ambientais e propiciar uma  melhor experiência ao visitante. Neste mês de setembro a equipe apresentou ao Grupo de Trabalho de Visitação do Conselho Consultivo a primeira proposta de placas interpretativas para a trilha, elaborada pela empresa Flora Comunicação de Lençóis. Nesta semana técnicos do Serviço Florestal dos Estados Unidos da América estão em Palmeiras para prestar apoio às ações de recuperação desta trilha e também realizar um mini-curso sobre manejo de trilhas para os parceiros do Parque Nacional.

     A criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina resultou da mobilização, no início da década de 1980, de ambientalistas e da sociedade da região, conscientes da importância de preservar seu patrimônio natural e suas belezas cênicas.O Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) foi criado pelo Decreto nº 91.655, de 17 de setembro de 1985, abrangendo 152 mil hectares de terras dos municípios de Andaraí, Ibicoara, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras, no centro do estado da Bahia.

Parque Nacional da Chapada Diamantina Participa do VI Seminário dePesquisa e VI Encontro de Iniciação Científica do ICMBIo

       O evento, realizado na sede do ICMBio em Brasília, possui como tema "Praticar Conservação Aprendendo com o Manejo". Seu principal objetivo é aplicar os estudos científicos sobre a biodiversidade na realidade do País, aliando o desenvolvimento ao uso correto dos recursos naturais.

       O Parque Nacional da Chapada Diamantina possui como uma de suas prinicipais linhas de atuação a realização de pesquisas científicas que propiciem um maior entendimento do seu ambiente. No seminário foram apresentados seis pesquisas em andamento:

- Primeiros Resultados do Projeto Malha,no monitoramento da fauna atropelada, na região do Parque ou o caça-carniça 2;

- Resultados preliminares do levantamento demográfico de canjerana (Cabralea canjerana) das Florestas no Vale do Pati;

- Evolução da regeneração em parcelas com remoção de Gleicheniaceae submetidas a diferentes tratamentos de exclusão e insolação no Vale do Pati;

- Fitossociologia das Florestas no Vale do Pati;

- Etnobotânica de comunidades do Parque Nacional da Chapada Diamantina: Listagem das plantas usadas pelos moradores da região entre os rios Garapa e Roncador (Dados preliminares);

- Coleta de sempre-vivas na Chapada Diamantina: uma atividade em extinção.

          O evento se iniciou no dia 16 e vai até o dia 18 de setembro. Acompanhe ao vivo pela internet: http://assiste.icmbio.gov.br/ . Para mais informações acesse: http://migre.me/lHZJi

© Todos os direitos reservados. Foto: Lorene Lima

Fiscalização Preventiva Integrada-FPI fecha serrarias clandestinas no entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina

Foto acima: equipe rural. Foto abaixo à esquerda: Serraria irregular. Foto abaixo à direita: toras de madeira apreendidas

      A região do Parque Nacional da Chapada Diamantina recebeu no período de 18 a 25 de agosto a primeira etapa da Fiscalização Preventiva Integrada - FPI da Bacia do Rio Paraguaçu. Trata-se de um modelo de fiscalização coordenado pelo Ministério Público Estadual da Bahia que é realizado desde 2002 na Bacia do Rio São Francisco.
    Os alvos da atividade foram empresas comercializadoras de agrotóxicos; propriedades rurais agropecuárias; tráfico de animais silvestres; desmatamentos; carvoarias; transportes de produtos florestais; barramentos; perímetros irrigados; sistema de esgotamento sanitário; sistema de abastecimento de água; gerenciamento de resíduos sólidos e gestão ambiental municipal.
      No entorno do Parque foram fechadas quatro serrarias irregulares, três no município de Andaraí e uma no município de Itaetê. Foram apreendidos 20 m³ de lenha, 9 m³ de carvão, 7 m³ de madeira e cerca de18 m³ de toras de madeira nativa. Para Bruno Lintomen, chefe do Parque Nacional da Chapada Diamantina, a FPI foi muito positiva por alcançar estes resultados. “Muito provavelmente este material apreendido contém madeira extraída dentro do Parque. Já estavámos recebendo denúncias de corte seletivo de árvores na porção leste para abastecimento regional de madeira e detectamos alguns locais de extração.” O Parque Nacional da Chapada Diamantina contém 14% do seu território constituído de Mata Atlântica, inserida numa região que sofreu grande exploração madereira na primeira metade do século XX.
      Outros resultados relevantes no entorno da UC foram a apreensão de agrotóxicos, destruição de barramentos irregulares em cursos d´água, apreensão de 350 passáros, 80 jabutis e dois veados que foram encaminhados para o CETAS de Vitória da Conquista. Além disto foram realizadas duas audiências públicas, uma para tratar da responsabilidade dos municípios na gestão ambiental e outra, ao final das atividades, no dia 28 de agosto, para apresentação dos resultados para a população.
      A FPI desenvolveu-se através da atuação conjunta do MPE, MPF, MPT, FUNASA, IBAMA, ICMBio, PRF, CREA-BA, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Polícias Civil, Polícia Militar, Secretarias Estaduais de Agricultura, da Fazenda, da Saúde e de Segurança Pública, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE-BA) e Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia (CRMV-BA). Os municípios abrangidos pelas atividades foram Andaraí, Mucugê, Ibicoara, Piatã, Barra da Estiva, Lençóis, Wagner, Utinga, Bonito, Palmeiras, Iraquara e Souto Soares.

Circo do Capão realiza turnê em municípios da Chapada Diamantina

  Fotos: Claudio Zakka

    Para celebrar seus 15 anos a Companhia de Espetáculos e Escola de Circo do Capão está realizando neste mês uma turnê do espetáculo Ciclos Diamantinos. O espetáculo é uma criação do Circo do Capão juntamente com a Família Flamini e o Grupo Instrumental Capão (GIC) que contou com a direção teatral de Loy Andrade e colaboração de Maurício Assunção.

     Por meio da interação entre artes circenses, teatro, música e dança, o espetáculo conta os principais ciclos históricos da Chapada Diamantina: A região que possui paisagens naturais notáveis foi ocupada por indígenas, europeus, quilombolas e garimpeiros. Com o ciclo do garimpo surgiram as cidades, formou-se a cultura da região e também foi gerada intensa degradação da floresta, solos e rios. Depois do exaurimento do diamante surge a preocupação em conservar a natureza que culmina com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina. No ciclo do turismo a região passa a atrair visitantes do mundo inteiro que querem conhecer suas belezas naturais. Por fim chegamos ao Ciclo da Arte e da Cultura, tendo o Circo do Capão como um dos protagonistas.
    A Companhia de Espetáculos e Escola de Circo do Capão é formada por moradores do Vale do Capão-município de Palmeiras, que quando crianças participaram das oficinas realizadas no prédio da antiga escola municipal do Rufino. Segundo Jean Paul Galinski, um dos fundadores da Companhia, "hoje, artistas e educadores formados multiplicam as artes circenses com os mais jovens, que passam a ver no Circo uma possibilidade de inclusão e de cidadania”.

     As primeiras apresentações do espetáculo ocorreram na Vila do Capão, no dia 02/08, no município de Andaraí no dia 16/08 e no município de Mucugê no dia 17/08. Ocorrerão mais duas exibições nos dias 30/08 em Piatã e 31/08 em Rio de Contas.

     A circulação do espetáculo Ciclos Diamantinos conta com o apoio financeiro da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia por meio do Edital Setorial de Circo e com apoio logístico do Parque Nacional da Chapada Diamantina.