O Parque Nacional Chapada Diamantina, além de sua rica diversidade
biológica, também apresenta valorosas manifestações histórico cultural, que
perpassam e registram diferentes estágios da ocupação humana nessa localidade.
Apresentaremos aqui alguns registros dessas sociedades.
Sítios pré-históricos, Pinturas
Rupestres
As pinturas rupestres
são as primeiras manifestações culturais da Chapada Diamantina, que datam de
6.000 a 2.000 a.p (antes do presente). Elas são produtos dos indígenas,
primeiros habitantes da região. Estudá-las permite entender a dinâmica social;
possibilita a identificação das transformações ambientais; além de testemunhar
de uma maneira especial a apropriação do meio e a percepção da natureza por
esses povos.
As
pinturas rupestres são, portanto, um elo comunicativo com a cultura, cotidiano
e crenças de nossos antepassados. No entorno do Parque Nacional Chapada
Diamantina (PNCD) há uma variedade de sítios rupestres que representam seres
humanos, a fauna e flora local, além de figuras geométricas abstratas. Segundo
arqueólogos, as inscrições na região do PNCD não compreendem a representação
visual de um único universo simbólico primitivo (de uma única tribo e/ou de um
único período histórico).
Na
região há forte presença de duas tradições rupestres, que foram agrupadas
conforme características representativas e materiais utilizados para a
realização da pintura. São elas: Tradição Nordeste e Tradição Agreste.
Na
Tradição Nordeste há equilíbrio
entre a presença de cenas antropomorfas (formas humanas) e zoomórficas (que
lembram animais), além disso, identificaram presença de enfeites e atributos
aos desenhos antropomórficos que indicam a possibilidade de hierarquia nas
tribos.
Já
a Tradição Agreste tem como
característica mais marcante o aparecimento de grafismos puros, bem elaborados
e cuidadosamente desenhados, como se houvesse a impressão de representar algo
complicado e/ou labiríntico, em forma de grades, espirais, entre outros, essas
pinturas lembram à pintura corporal de alguns grupos indígenas.
Preservar
e estudar as pinturas rupestres é fundamental para compreender a pré-história brasileira.
Em 2005, quando foi realizado o Plano de
Manejo do Parque, foi realizado estudo sobre pinturas rupestre no entorno do
PNCD que identificou a existência de sete sítios arqueológicos dentro da UC,
sendo dois na serra do Capão, um no Sitio da Liminha, dois próximos a cidade de
Mucugê, um em Ibicoara e outro na Volta da Serra, município de Palmeiras.
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