Seres do Parque
O Parque Nacional da Chapada Diamantina abrange uma grande quantidade de espécies exclusivas da Chapada Diamantina. Periodicamente, o blog do PNCD apresentará um pouco desses Seres Vivos e suas particularidades.
Papa-Vento, Enyalius erythroceneus
O Papa-vento é um lagarto arborícola – vive nas arvores –, que se alimenta principalmente de gafanhotos, besouros, formigas e grilos. A pele da fêmea é parecida com as cascas das arvores da vegetação onde mora, no entanto, o macho apresenta cores mais vibrantes: coloração alaranjada no dorso.
Esse nome popular não se refere apenas a essa espécie de lagarto, mas outros desse gênero também são assim chamados. É que algumas espécies de répteis da região inflam o papo (parte do corpo perto do pescoço) que geralmente é colorido para cortejar as fêmeas ou marca território, como se o lagarto tivesse engolido ar e enchido o papo. (citar o texto)
Seu habitat são as florestas semideciduais, características da região de Mucugê/BA, que apresentam arvores relativamente baixas, de cerca de 4 à 5 metros, e de diâmetro de 5 à 10 cm, excepcionalmente algumas arvores emergem a 15 metros. A mata é úmida, mas entre os meses de Agosto, Setembro e Outubro algumas folhas caem, devido à estiagem.
O colorido presente no macho da espécie foi que chamou a atenção dos pesquisadores Thais Figueiredo e Marco Antônio Freitas, em 2006, quando realizavam um levantamento e resgate da fauna da Fazenda Caraíbas, solicitado pelo ICMBio, antes que fosse realizado qualquer projeto agrícola.
O Geógrafo e especialista em fauna, Marcos Antônio, quando entrevistado pelo jornal A Tarde (10/10/2006), enfatizou que o “maior trunfo da descoberta é a prova de quanto a ciência ainda tem a fazer para conhecer a biodiversidade da região do Parque Nacional da Chapada Diamantina”.
Apesar de ser comum nos gerais de Mucugê e, por conseguinte, familiar aos nativos da região, a espécie é endêmica da Chapada Diamantina e, portanto, não ocorre em nenhum outro local do mundo.
Sua identificação cientifica também demonstra “a necessidade de se conhecerem as áreas naturais antes de liberar as atividades econômicas”, afirmou César Gonçalves, analista ambiental do Parque, para o mesmo jornal.
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