O objetivo é elaborar de forma participativa um produto turístico que contribua para o desenvolvimento sustentável no Parque Nacional e entorno
Primeira oficina do projeto inicia inventário do turismo local. |
No dia 21 de fevereiro, foi realizada a primeira ação do projeto “Integrando iniciativas de Turismo de Base Comunitária (TBC) com o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e Parque Natural Municipal de Andaraí – Rota das Cachoeiras”, no município de Itaetê.
O projeto foi aprovado em edital lançado pelo ICMBio, no ano passado, destinado as unidades de conservação (UCs) federais, com o intuito de fortalecer ações voltadas ao desenvolvimento do turismo nas comunidades vizinhas ou residentes nas unidades.
No valor de R$ 40 mil, a proposta tem como meta formatar um produto turístico para ser apresentado ao mercado. O município, localizado no sudoeste do PNCD, possui grande potencial turístico, pois abriga atrativos naturais de beleza singular, além do diferencial de possuir diversas comunidades rurais de cultura e modo de vida próprios.
Características que atraem, a cada ano, mais visitantes, porém “isso vem ocorrendo de forma desorganizada, o que faz com que o município, muita vezes, perca turistas que não encontram o serviço desejado”, destaca Alex Lima, guia da Associação de Condutor de Visitantes de Itaetê (ACVI). “Esperamos que o projeto contribua para a inclusão dos moradores que trabalham direta e indiretamente no setor”, acrescenta.
“O intuito é promover a integração do trade de Itaetê e estabelecer parcerias externas para fortalecer a geração de renda através do turismo nas comunidades rurais próximas ao Parque Nacional”, explica Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio e coordenadora do projeto.
A proposta dá continuidade a iniciativas de qualificação de mão de obra já realizados em Itaetê, como o executado pelo INCRA, em 2008 e 2013, de fomento ao turismo de base comunitária em assentamentos da Bahia.
Ação participativa
Participantes realizam levantamento dos serviços de transportes disponíveis. |
O projeto está dividido em três etapas: produção de inventário e diagnóstico do turismo local; elaboração do produto e comercialização. Essas ações serão realizadas com base em metologias participativas, em forma de oficinas com a presença dos atores locais.
Na primeira atividade, estiveram presentes cerca de 30 moradores entre representantes dos assentamentos e comunidades rurais, poder público municipal e trade turístico local.
Na ocasião, foi realizado o levantamento de equipamentos e serviços turísticos, como atrativos, hospedagens, restaurantes, guias, agências e parceiros. A partir dessas informações, será verificado em campo quais itens levantados estão adequados para atender ao mercado.
O projeto possui duração de seis meses e a próxima oficina será realizada no mês de abril.
A primeira atividade foi realizada na sede do município. As demais estão previstas para acontecer nas comunidades rurais. |
Turismo de Base comunitária (TBC)
Desde 2011, o ICMBio enxerga o envolvimento das comunidades como um importante caminho para fortalecer os programas de visitação, agregar valor à experiência do visitante, bem como incrementar a renda dos moradores e aproximá-los positivamente da gestão das UCs, aumentando, assim, o apoio local às áreas protegidas.
O TBC é um modelo de gestão da visitação em que a comunidade é a protagonista, o que gera benefícios coletivos e promove a vivência intercultural, a qualidade de vida, a valorização da história e da cultura dessas populações, além da utilização sustentável para fins recreativos e educativos dos recursos da Unidade de Conservação.
Além do edital, para contribuir com a implantação do modelo nas unidades do país, o instituto lançou, em 2017, a publicação “Turismo de Base Comunitária em Unidades de Conservação Federais”, orientando as diretrizes e princípios sobre o TBC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Prezado leitor, os seus comentários são muito importantes para nós, por isso, desde já agradecemos imensamente a sua participação. Ressaltamos, apenas, que não autorizamos mensagens com conteúdos comerciais, ofensivos e de autores anônimos. Atenciosamente, gestão do PNCD.