quarta-feira, agosto 30, 2017

ICMBio e moradores do Pati retomam negociações

O objetivo é a celebração de um Termo de Compromisso com normas que conciliem o modo de vida tradicional da comunidade à preservação da biodiversidade    

Primeira reunião com os Patizeiros, dia 11 de agosto, após retomada do diálogo,  na Câmara de Vereadores de Andaraí. 


Foram retomadas, neste mês de agosto, as conversas com os moradores do Vale do Pati, comunidade localizada no interior da Unidade de Conservação (UC), para a finalização de um Termo de Compromisso. O Objetivo é estabelecer normas que conciliem o modo de vida tradicional da população local à preservação da biodiversidade.      

As negociações tiveram início há cerca de quatro anos, quando o PNCD produziu estudos antropológicos para conhecer melhor o histórico de ocupação e o modo de vida das famílias que habitam a localidade. Após inúmeras visitas e reuniões, foi elaborada uma minuta do Termo de Compromisso que, posteriormente, passou pela análise de várias instâncias superiores do ICMBio, recebendo outras contribuições. Agora, o parque retorna à comunidade para dar continuidade ao processo, realizar o mapeamento georreferenciado das propriedades e traçar estratégias para o monitoramento e regulação da visitação.

Os encontros ocorreram nos dias 11 e 19 de agosto, na cidade de Andaraí e no Pati. O Termo de Compromisso está sendo produzido de forma participativa entre moradores e o poder público, e visa, por intermédio do diálogo, celebrar acordos de boa convivência entre ambas as partes.
Para o presidente da Associação dos Moradores do Vale do Pati, Vivaldo Domingos, muitos patizeiros (como são conhecidos) estão conscientes sobre a importância de limites para a construção civil e a agropecuária, por exemplo, e esperam a orientação adequada para que possam adotar novas formas de realizar cada atividade.

Reunião no Vale do Pati, dia 19 de agosto, com os moradores. 


O que vai de encontro aos objetivos dos gestores do Parque, que veem no Termo de Compromisso uma oportunidade para a gestão e o desenvolvimento do turismo de base comunitária. “A travessia do Pati é uma das mais conhecidas da UC e, possivelmente, uma das mais visitadas do Brasil. Pretendemos construir com eles as estratégias de desenvolvimento dessa atividade, de modo a conciliar os saberes e modos de vida tradicionais com a conservação da biodiversidade: um grande desafio!”, ressalta Soraya Martins, Chefe do PNCD.

Além de desenvolver o turismo de base comunitária, o PNCD pretende, com base nos acordos, fomentar técnicas e tecnologias que evitem a contaminação ambiental, como o saneamento básico e a gestão de resíduos sólidos, e promover métodos de produção agrícola e manejo de pastagens mais eficientes e agroecológicos.

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A administração do parque quer :
    - " promover métodos de produção agrícola e manejo de pastagens mais eficientes e agroecológicos."
    Produção agrícola e pastagens dentro do parque ?
    A subsistência dos moradores pode ser baseada no turismo preservacionista e não em produção agrícola dentro de um parque nacional.

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  3. Tem que monitora as queimadas detro do vale que São feitas por nativos pra fazer pasto para as mulas deles !! Verdadeiros mercenarios aue so pensa no dinheirão que ganha

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  4. O agro negocio esta invadindo o outro lado da serra do sincora com megas plantações na beira do parque apena 10km do vale do paty.desrespeitando todas as regras e contaminando nosso parque nossa águas nosso solo !!!! E o icmbio nao faz nada !!!!O presidente que representa a bacia hidrográfica do rio Paraguaçu e uns dos empresários do agro negocio que detona o parque da chapada diamantina !!!!

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  5. A situação de controle e manejo no Vale do Pati é muito séria pois a consolidação do ecoturismo trouxe múltiplos desafios: abertura de novas áreas para expansão dos pousos para recepção dos visitantes, escoamento de foças sanitária para áreas "protegidas" dentro de muitas outras coisas. Porém ja percebemos que o ICMBio não tem condições para gerir toda essa realidade sozinho então, então tem que abrir o diálogo com a sociedade para desenvolvimento e aplicação de idéias que sanen parte destas problemáticas incluindo o controle de acesso pelas principais entradas do Vale do Pati Andaraí, Vale do Capão, Guiné. Que voltemos a discutir manejo de incêndio no parque Nacional da Chapada Diamantina " reabertura das trilhas e estradas antigas como manejo" Grato José Antônio - Brigadista voluntária Mucuge

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    1. Concluindo so teremos êxito se integrarmos preservação ambiental com geração de renda.

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