segunda-feira, novembro 19, 2018

Oficina de comunicação e vendas é realizada no Baixão

Atividade faz parte da última etapa do projeto de Turismo de Base Comunitária nas comunidades rurais de Itaetê e visa criar canais diretos de comercialização para os roteiros turísticos locais 

Moradora apresenta quadro de empatia 


Dinâmica estimula a criatividade para fidelização de clientes
Moradores dos assentamentos rurais do município de Itaetê participaram, na primeira semana de novembro, da oficina de comunicação e vendas voltada para a comercialização de produtos turísticos. A atividade foi realizada na comunidade do Baixão e faz parte da última etapa do projeto “Integrando iniciativas de Turismo de Base Comunitária (TBC) com o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e Parque Natural Municipal de Andaraí – Rota das Cachoeiras”, que está sendo executado pelo ICMBio.

No encontro, foram apresentadas ferramentas que contribuem para um melhor serviço de atendimento e vendas. A oficina abordou conteúdos como "sistematização de público-alvo, formação de equipe, etapas de venda, fidelização de clientes e materiais de divulgação", conforme explica Tássia Correia, facilitadora da oficina e consultora do projeto.     

A aplicação de técnicas para o  desenvolvimento da empatia pelo cliente foi utilizada como uma das  principais estratégias de comercialização. “Entender a opinião do turista é muito importante, pois é uma forma de melhorarmos nosso trabalho”, destaca Raiza Gonçalves, integrante do grupo comunitário que administra a Eco Pousada Rural do Baixão.

Pensar na solução de possíveis conflitos também foi uma dos exercícios realizados e considerado o mais importante para Jôse Moreira Souza, da comunidade Europa. “Nós geralmente só pensamos nos acontecimentos positivos, então trabalhar com situações negativas foi ótimo para nos tornarmos mais preparados a resolver qualquer problema de forma ágil”, afirma a moradora.

Participantes constroem coletivamente perfil do visitante
Moradores elaboram soluções para possíveis conflitos
A partir do conteúdo elaborado na oficina serão desenvolvidos um plano de vendas e materiais de divulgação dos roteiros turísticos, essenciais para a comercialização dos roteiros. “Como já foram realizadas muitas ações de capacitação nas comunidades, resolvemos nos concentrar em ações que ajudem a comercialização e tragam o incremento da atividade turística na região”, explica Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio. 

No mês de outubro, foi realizado um roteiro experimental voltado para operadores e agentes de viagens com o intuito de apresentar as comunidades do projeto e as possibilidades de passeios existentes na região, além de colher a opinião dos convidados sobre os atrativos e os serviços turísticos oferecidos.

O projeto foi aprovado pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina em edital lançado pelo ICMBio, no ano passado, destinado as unidades de conservação (UCs) federais e irá compor um caderno de experiências em TBC do instituto.

Texto e fotos: Laís Correard

quinta-feira, outubro 25, 2018

Projeto realiza roteiro experimental de Turismo de Base Comunitária

Representantes do trade turístico foram convidados para conhecer a diversidade de atrativos da região de Itaetê, que vai de cachoeiras imponentes a produção artesanal de alimentos   

Colha e pague nos lotes produtivos do Baixão. 


Durante três dias, de 17 a 19 de outubro, agentes de viagem e profissionais do setor do turismo da Chapada Diamantina puderam vivenciar a diversidade e o potencial turístico no entorno dos assentamentos rurais de Itaetê, localizada no sul do Parque Nacional.

Mapa de atuação do projeto 

O roteiro experimental faz parte do projeto “Integrando iniciativas de Turismo de Base Comunitária (TBC) com o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e Parque Natural Municipal de Andaraí – Rota das Cachoeiras”, que está sendo executado pelo ICMBio e tem como premissa o desenvolvimento turístico regional, baseado na cooperação entre entidades do poder público, comunidades, ONGs e trade do território.

O projeto irá criar, de forma participativa, produtos turísticos voltados para agências e visitantes que integrem o patrimônio cultural e natural, gerando desenvolvimento e renda para as comunidades residentes no entorno destas unidades de conservação.

Nesta etapa, o intuito foi apresentar as principais possibilidades de passeios existentes na região e colher a opinião dos profissionais convidados sobre os atrativos e os serviços turísticos oferecidos. “A partir das contribuições levantadas, iremos aperfeiçoar a proposta e apoiar a formatação de roteiros viáveis comercialmente”, explica Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio.
 
Café caldeado servido no assentamento Rosely Nunes
Diferente dos produtos turísticos convencionais oferecidos na região, na proposta apresentada os cânions imponentes da Chapada Diamantina foram o plano de fundo para que a troca de experiências entre visitantes e moradores protagonizasse a cena. O que fez a viagem superar a expectativa da maioria dos convidados, até mesmo os que já conheciam os atrativos naturais da região, como o agente de viagens Noábio Xavier, da empresa Extreme South, de Ibicoara.   “O que eu vivi nesses dias foi algo inédito”, ressalta.

Um dos pontos altos do roteiro ficou a cargo de experiências genuínas unidas a hospitalidade típica do interior, como raspar o tacho do doce, colher a fruta do pé e degustar um cafezinho artesanal. Essa diversidade da Chapada Diamantina permite a formatação de roteiros autênticos para diferentes perfis de público, destaca Pablo Guerreiro, da agência de turismo Extreme Ecoadventure, de Lençóis.

Para ele, “o Turismo de Base Comunitária é uma novidade diferenciada que nos dá a oportunidade de aprimorar ainda mais o destino Chapada Diamantina, direcionando melhor cada visitante para o roteiro que mais almeja”.

Atrativos visitados



Gruta Lapa do Bode, Itaetê. Foto: Túlio Saraiva

O roteiro buscou contemplar um pouco de toda multiplicidade de atrativos da região, incluindo atrativos de Itaetê, Andaraí e Nova Redenção localizados em áreas naturais particulares, assentamentos rurais, Parque Nacional e Municipal.   Foram visitados desde atrativos famosos, como o Poço Azul e Encantado, até locais pouco visitados, como a Gruta Lapa do Bode e a Cachoeira Bom Jardim, esta última localizada no limite entres as unidades de conservação abrangidas no projeto.

Essas visitas foram mescladas com refeições e hospedagens na casa de moradores, visita a casa de farinha, fábrica artesanal de rapadura, hortas agroecológicas e apresentações culturais de reisado e capoeira na casa de cultura Rosa Preta, localizada na sede de Itaetê.

Além do modo de vida tradicional do campo, as comunidades rurais do projeto, Rosely Nunes, Europa e Baixão, possuem o diferencial de serem assentamentos de reforma agrária do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), agregando à experiência conhecimento sobre organização social e democratização da terra.

“Conhecer esses assentamentos simplesmente mudou a minha vida. Vi pessoas felizes, unidas, dinâmicas e organizadas, convivendo em harmonia com a natureza e produzindo alimento para toda região”, declarou Tulio Saraiva, fotógrafo e membro do trade turístico de Lençóis.
Esse sentimento foi compartilhado pelo grupo e está entre os objetivos do Turismo de Base Comunitária, que é estabelecer conexões verdadeiras entre as pessoas e, assim, dirimir estereótipos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais harmônica. 

Turismo de Base comunitária 


Café da manhã oferecido pelos moradores do Rosely Nunes 


O projeto visa também criar canais de comercialização via comunidades e agências, uma ação que requer a real integração entre todos os prestadores de serviços, por isso, uma das finalidades da viagem foi promover a comunicação e a parceria entre os comunitários e o trade turístico de Andaraí, Ibicoara e Lençóis.

A construção dessa rede é de suma importância para que o TBC realmente aconteça, já que “ele não se trata de um segmento e, sim, de um modelo de gestão da visitação protagonizado pela comunidade”, frisa Alberto Viana, analista do INCRA.

Poço Encantado, Itaetê. 
A primeira experiência do trabalho de base foi bem sucedida e deixou expectativa positiva em quem recebeu os visitantes. “Nós estamos nos preparando há muito tempo para momentos como esse e desejamos continuar mostrando, da melhor forma possível, o diferencial de um assentamento e a beleza que é viver no campo”, conta Vera Lúcia de Oliveira, moradora do Baixão e colaboradora da pousada comunitária que existe no local.

Na viagem também estiveram presentes representantes do poder público de Andaraí e Itaetê, INCRA, Conselho Consultivo do Parque Nacional e Câmara Técnica de Turismo do Circuito do Diamante.

O projeto 

 

O projeto foi dividido em três etapas: produção de inventário e diagnóstico do turismo local; elaboração do produto e comercialização. Todas as suas ações estão sendo realizadas com base em metodologias participativas. Ele foi aprovado pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina em edital lançado pelo ICMBio, no ano passado, destinado as unidades de conservação (UCs) federais. No Brasil, estão sendo executados mais sete projetos semelhantes que irão compor um caderno de experiências em TBC do instituto.
 
Texto e fotos: Laís Correard

sexta-feira, setembro 28, 2018

Conselho realiza reunião em comunidade rural de Mucugê

Foram discutidas alternativas para evitar a pastagem de gado nas áreas do Parque Nacional e medidas diante dos possíveis prejuízos ecológicos derivados de outorgas d’água no Rio Santo Antônio 

A chefe do Parque Nacional, Soraya Martins, ressalta a importância de se encontrar soluções coletivas para a questão do gado, envolvendo produtores, empresários e prefeituras. 

O Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina (CONPARNA-CD) realizou sua 64ª reunião ordinária nas comunidades rurais de São Pedro e Libânio, em Mucugê, no dia 20 de setembro. Entre os principais itens debatidos estiveram o conflito de uso da água no Rio Santo Antônio e o manejo do gado nas comunidades do município.  

Participaram mais de 25 pessoas, a maioria moradores do próprio município. As reuniões do CONPARNA são itinerantes com o objetivo de ir até as comunidades para que suas demandas sejam ouvidas.
   
Atualmente, a comunidade de São Pedro possui 22 famílias proprietárias de mais de 250 cabeças de gado, que dependem diretamente da agropecuária para sua subsistência. Por isso, encontrar alternativas para evitar que os animais sejam levados para pastar nas áreas do Parque Nacional, foi a principal necessidade apontada pelos moradores.  

O morador Manoel Sousa fala sobre a importância de encontrar medidas a longo prazo para o manejo do gado. 

“Os períodos de seca estão cada vez mais longos, por isso, precisamos achar uma solução permanente que seja boa para o meio ambiente e para a sobrevivência econômica dos agricultores”, destacou Manoel Sousa, vereador e morador de São Pedro. Entre as soluções apresentadas por ele, está a realização de parcerias com empresas agrícolas que cedem suas áreas, em períodos de descanso do solo, para que os animais sejam alimentados nas épocas de estiagem.

De acordo com a chefe do Parque Nacional, Soraya Martins, “a união de produtores, prefeitura e empresas para buscar uma solução coletiva para o manejo do gado pode ser uma referência para toda a região”. A gestora se comprometeu em auxiliar no diálogo, emitindo às empresas uma nota técnica falando sobre a importância ecológica e social da parceria.

Conflitos de uso da água       



No final de agosto, o INEMA (Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) renovou a outorga da empresa Agropecuária Chapadão, pertencente ao grupo Igarashi, para captação de 25 milhões de de água do Rio Santo Antônio. A notícia ganhou destaque na pauta, já que gerou preocupação de diversos órgãos, especialistas e representantes da sociedade civil, devido à probabilidade de causar impactos danosos ao meio ambiente e a vida da população local.   

Representante do Instituto Nascentes do Paraguaçu, Danielle Vilar, apresenta a problemática acerca da renovação da outorga concedida à empresa Igarashi. 

De acordo com Soraya , existe uma suspeita de que esta e outras outorgas influenciem negativamente a quantidade e qualidade ecológica das águas do Marimbus, localizado dentro do Parque Nacional e da APA Marimbus Iraquara. 

O ICMBio solicitou ao INEMA dados técnicos sobre os processos de outorga cedidas para empreendimentos no rio Santo Antônio. O intuito é compreender a quantidade de água que está sendo utilizada e os parâmetros técnicos de emissão e monitoramento das outorgas.

A partir destas informações, e outras pesquisas realizadas por universidades, o Parque Nacional irá definir os encaminhamentos adequados para a questão e apresentá-los publicamente na próxima reunião do CONPARNA, no dia 07 de dezembro, em local a ser definido.    


quarta-feira, julho 18, 2018

Projeto realiza inventário e diagnóstico turístico de Itaetê

Foram levantados cerca 120 atrativos, equipamentos e serviços turísticos. Os dados irão subsidiar a elaboração de um roteiro de turismo de base comunitária para o município     

Atrativo Cultural: casa de farinha comunitária no assentamento Rosely Nunes, zona rural de Itaetê.
Foto: Rogério Mucugê  


Foi realizada a segunda oficina do projeto “Integrando iniciativas de Turismo de Base Comunitária (TBC) com o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e Parque Natural Municipal de Andaraí – Rota das Cachoeiras”, no município de Itaetê, no início de julho.

O encontro, realizado no assentamento rural Rosely Nunes, teve como objetivo consolidar, de forma participativa, um diagnóstico do turismo de base comunitária do município. Na ocasião, também foi apresentado o resultado do inventário dos atrativos, equipamentos e serviços turísticos oferecidos no local. A pesquisa levantou cerca de 120 itens, como cachoeiras, restaurantes, casas de cultura, meios de transporte e hospedagem.

segunda-feira, julho 02, 2018

Conselho realiza atividade de avaliação e aperfeiçoamento

Fortalecer a gestão democrática do PNCD, através da maior participação e atuação dos conselheiros e cidadãos, foi o objetivo do último encontro 





“O que é um bom conselho e como ele pode se tonar ainda melhor?”. Essa foi à questão que norteou a 63ª reunião ordinária do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina (CONPARNA-CD), realizada no dia 14 de junho, em Mucugê. O Objetivo foi avaliar como o conselho está funcionando e como as suas ações foram desenvolvidas a partir do planejamento realizado no início do atual mandato, iniciado em 2016.

“No final deste ano, será aberto novo edital para a renovação do conselho e o início de mais um mandato de dois anos, por isso, precisamos aproveitar este momento para verificar quais foram os avanços e encontrar soluções coletivas para aperfeiçoar o seu funcionamento. Parar as atividades e avaliá-las, tornando-as ainda melhores, é etapa fundamental de uma boa gestão”, afirma a chefe do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), Soraya Martins.
 

terça-feira, junho 05, 2018

Parque Nacional Chapada Diamantina tem menor área de incêndios da história


 Em 2017, apenas 0,07% da área da unidade de conservação foi atingida pelo fogo. O resultado considerado inédito é decorrente de ações empregadas nas áreas de monitoramento, combate e investigação


Curso de formação de novos brigadistas realizado pelo ICMBio, 2018. Foto: Maiara Luane 


O Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) registrou, no ano passado, o menor índice de incêndios dos últimos 16 anos e, provavelmente, o da sua história. A área total atingida foi de aproximadamente 113 hectares, o que equivale a apenas 0,07% do seu território. O resultado é considerado um avanço, visto que os incêndios florestais são considerados o maior problema da unidade de conservação (UC).   

Em 2017, na temporada de incêndios, contabilizada de fevereiro de 2017 a março de 2018, foram registrados 19 focos, um número muito pequeno comparado à média histórica. No ano de 2002, por exemplo, quando os incêndios passaram a ser monitorados com maior precisão, foram registrados cerca de 250 focos, um número 13 vezes maior. 

quinta-feira, março 15, 2018

Conselho debate captação de água dentro do Parque Nacional

Comissão, com a participação do ICMBio, conselheiros e moradores, é formada para elaborar estratégias de regularização do uso dos recursos hídricos       

Marcela de Marins, analista ambiental do PNCD, apresenta dados da gestão de 2017. 

Foi realizada na cidade de Lençóis, no dia 1º de março, a 62ª reunião ordinária do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina (CONPARNA-CD), com a participação de 30 pessoas, entre conselheiros e moradores. Nos temas de destaque, estiveram o balanço das ações da gestão do ano de 2017 e a captação de água dentro da Unidade de Conservação (UC).

“Percebemos que o uso da água no entorno vem aumentando e, por consequência, diversas captações irregulares estão sendo instaladas dentro do Parque Nacional”, explica Soraya Martins, chefe do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD). O crescimento do parcelamento irregular do solo na borda da unidade, sem o devido planejamento hídrico, foi apontado pela gestora como a principal fonte desses problemas.

A temática de recursos hídricos foi eleita como prioritária para o atual mandato do CONPARNA-CD e, nesta reunião, foram definidos o papel e a abordagem do conselho para o assunto. Como primeiro passo, foi criada uma comissão, com a participação de técnicos, conselheiros e moradores, que irá escolher casos pilotos que serão analisados e foco da resolução da problemática. 

Paralelamente, com o apoio de universidades, será realizado um levantamento sobre a atual situação da captação de água na unidade, verificando, inclusive, a finalidade do seu uso, como, por exemplo, doméstica, agrícola e comercial.

MUNICÍPIOS

Chefe do PNCD, Soraya Martins, fala sobre a ocupação irregular do solo no entorno da Unidade de Conservação. 


A comissão também tem como meta aproximar o diálogo com os municípios do entorno, já que é o poder público municipal que detém a responsabilidade de autorizar os loteamentos. E, de acordo com Soraya, “algumas autorizações estão ocorrendo sem o estabelecimento de normas relacionadas ao abastecimento de água, o que traz consequências sociais e ambientais”.   

REGULARIZAÇÃO

O conselheiro Edilson Raimundo, doutor em gerenciamento de recursos hídricos, é um dos membros da comissão formada. 


A regularização da captação consistirá em definir critérios e procedimentos para utilização da água do Parque Nacional, estabelecer de que forma o uso será monitorado, quais serão as entidades envolvidas e o papel de cada uma delas na gestão da água.

É importante “pensar em como distribuir a água de forma consciente, levando em consideração, inclusive, como o recurso é utilizado, além de questões de saneamento”, explica Edilson Raimundo, conselheiro e membro da comissão. “Além disso, existe uma série de mecanismos para a diminuição do consumo que podem ser adotados”, acrescenta.

A ação foi definida pelos presentes como de médio e longo prazo, devido a sua complexidade, e continuará como prioridade nas atividades do CONPARNA-CD, que realizará a sua próxima reunião no dia 14 de junho, na cidade de Mucugê. 

sexta-feira, março 02, 2018

ICMBio inicia projeto de turismo de base comunitária em Itaetê

O objetivo é elaborar de forma participativa um produto turístico que contribua para o desenvolvimento sustentável no Parque Nacional e entorno 
    
Primeira oficina do projeto inicia inventário do turismo local. 


No dia 21 de fevereiro, foi realizada a primeira ação do projeto “Integrando iniciativas de Turismo de Base Comunitária (TBC) com o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e Parque Natural Municipal de Andaraí – Rota das Cachoeiras”, no município de Itaetê.

O projeto foi aprovado em edital lançado pelo ICMBio, no ano passado, destinado as unidades de conservação (UCs) federais, com o intuito de fortalecer ações voltadas ao desenvolvimento do turismo nas comunidades vizinhas ou residentes nas unidades.   

No valor de R$ 40 mil, a proposta tem como meta formatar um produto turístico para ser apresentado ao mercado. O município, localizado no sudoeste do PNCD, possui grande potencial turístico, pois abriga atrativos naturais de beleza singular, além do diferencial de possuir diversas comunidades rurais de cultura e modo de vida próprios.     

Características que atraem, a cada ano, mais visitantes, porém “isso vem ocorrendo de forma desorganizada, o que faz com que o município, muita vezes, perca turistas que não encontram o serviço desejado”, destaca Alex Lima, guia da Associação de Condutor de Visitantes de Itaetê (ACVI). “Esperamos que o projeto contribua para a inclusão dos moradores que trabalham direta e indiretamente no setor”, acrescenta.   

“O intuito é promover a integração do trade de Itaetê e estabelecer parcerias externas para fortalecer a geração de renda através do turismo nas comunidades rurais próximas ao Parque Nacional”, explica Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio e coordenadora do projeto.

A proposta dá continuidade a iniciativas de qualificação de mão de obra já realizados em Itaetê, como o executado pelo INCRA, em 2008 e 2013, de fomento ao turismo de base comunitária em assentamentos da Bahia. 

Ação participativa 

Participantes realizam levantamento dos serviços de transportes disponíveis. 


O projeto está dividido em três etapas: produção de inventário e diagnóstico do turismo local; elaboração do produto e comercialização. Essas ações serão realizadas com base em metologias participativas, em forma de oficinas com a presença dos atores locais.

Na primeira atividade, estiveram presentes cerca de 30 moradores entre representantes dos assentamentos e comunidades rurais, poder público municipal e trade turístico local. 

Na ocasião, foi realizado o levantamento de equipamentos e serviços turísticos, como atrativos, hospedagens, restaurantes, guias, agências e parceiros. A partir dessas informações, será verificado em campo quais itens levantados estão adequados para atender ao mercado.

O projeto possui duração de seis meses e a próxima oficina  será realizada no mês de abril. 


A primeira atividade foi realizada na sede do município. As demais estão previstas para acontecer nas comunidades rurais.


Turismo de Base comunitária (TBC) 

Desde 2011, o ICMBio enxerga o envolvimento das comunidades como um importante caminho para fortalecer os programas de visitação, agregar valor à experiência do visitante, bem como incrementar a renda dos moradores e aproximá-los positivamente da gestão das UCs, aumentando, assim, o apoio local às áreas protegidas.

O TBC é um modelo de gestão da visitação em que a comunidade é a protagonista, o que gera benefícios coletivos e promove a vivência intercultural, a qualidade de vida, a valorização da história e da cultura dessas populações, além da utilização sustentável para fins recreativos e educativos dos recursos da Unidade de Conservação. 

Além do edital, para contribuir com a implantação do modelo nas unidades do país, o instituto lançou, em 2017, a publicação “Turismo de Base Comunitária em Unidades de Conservação Federais”, orientando as diretrizes e princípios sobre o TBC.  

sexta-feira, fevereiro 09, 2018

Vale do Capão terá monitoramento durante o carnaval

Monitores estarão presentes nas trilhas e no trânsito para garantir a qualidade da visitação, a segurança dos turistas e a preservação dos atrativos do Parque Nacional



O Vale do Capão é uma das localidades da Chapada Diamantina mais procuradas pelos turistas, o que tem se intensificado a cada ano, em especial nos feriadões. Por isso, visando garantir a qualidade da visitação, a segurança e a preservação da biodiversidade, começa a ser realizado hoje (09), até a quarta-feira de cinzas, uma campanha de monitoramento das trilhas e do trânsito.

Durante a ação, os visitantes serão informados sobre as normas do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e orientados sobre as condutas de mínimo impacto. Os monitores farão ainda a contagem de visitantes nos atrativos e estarão equipados com rádios para facilitar a comunicação em caso de acidentes ou de alguma ocorrência. 

A equipe de fiscalização do Parque Nacional e a Polícia Ambiental (CIPPA) também fazem parte da operação e estarão presentes para dar apoio aos monitores. “O objetivo principal é conscientizar os visitantes de que estão em uma Unidade de Conservação e que isso requer alguns cuidados, como não deixar lixo, dejetos, não fazer fogueiras ou mesmo não consumir bebidas alcoólicas”, explica Marcela de Marins, analista ambiental do ICMbio. 

“O Vale do Capão é um lugar reconhecido pela sua beleza exuberante e por proporcionar grande bem-estar aos turistas, por isso, estamos realizando um esforço conjunto entre órgãos e entidades para manter a organização do destino”, explica Marcelo Issa, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Palmeiras.  A ação inédita irá proporcionar ao visitante o monitoramento em praticamente todos os atrativos do município de Palmeiras.

Os parques municipais, do Riachinho e do Pai Inácio, e a cachoeira da Fumaça já possuem monitoramento constante. No feriado, a ação será expandida para os três pontos do vale que dão acesso aos demais atrativos do Parque Nacional: na entrada da trilha da cachoeira das Angélicas, da Purificação e do Vale do Pati; na trilha para as Rodas, Rio Preto e Poço do Gavião e Águas Claras.

Além dos atrativos naturais, na vila, os motoristas também serão orientados para não pararem em locais proibidos, respeitar o sentido das vias e assim, melhorar o fluxo de veículos, já que as ruas do Capão costumam ficar congestionadas nessas épocas.

A ação é da Prefeitura Municipal de Palmeiras em parceria com o ICMBio e o apoio da CIPPA, Associação de Condutores do Vale do Capão (ACV-VC) e Junta Independente Voluntária Ambiental (JIVA). 
 
 Antes de ir para a trilha, confira as normas de mínimo impacto:

Não faça fogueiras: Fogueiras são prejudiciais à natureza e proibidas em todo Parque Nacional. Utilize um fogareiro para cozinhar.                           

 Leve seu lixo de volta: o lixo não volta sozinho! Carregue seu lixo com você até encontrar uma lixeira fora do Parque Nacional.                 
 
 Para ir ao banheiro: evacue a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água e trilhas. Enterre o papel higiênico junto com as fezes.     

Não consuma bebidas alcoólicas: o ambiente natural apresenta alguns riscos intrínsecos e requer atenção redobrada. O consumo de álcool altera os sentidos, aumentando ainda mais as chances de um acidente.

Acampamentos: é proibido acampar na região das Águas Claras. No Vale do Pati utilize os acampamentos da Igrejinha, Escolinha, Prefeitura e a proximidade das casas dos moradores. Não acampe na beira de rios, em cavernas e não crie novos acampamentos. 

Não utilize equipamentos sonoros: o volume do seu rádio afeta o ecossistema e pode incomodar os demais visitantes. Aprecie o som da natureza!