sexta-feira, dezembro 27, 2019

PNCD realiza campanha de segurança nas redes sociais


Com a chegada da temporada de turismo, os acidentes no Parque Nacional aumentam. Visando conscientizar os visitantes, elaboramos uma campanha com as principais dicas para ninguém correr riscos desnecessários no ambiente natural. Ela também está disponível para download. Confira: 



sexta-feira, dezembro 20, 2019

Conselho inicia debate sobre cooperação técnica entre municípios e ICMBio

A realização de parcerias oficiais entre Parque Nacional da Chapada Diamantina, prefeituras e organizações é essencial para a conservação do patrimônio ambiental 

Secretário municipal de Andaraí fala sobre a importância dos municípios contribuírem com a gestão do PNCD. 


Foi realizada, na primeira quinzena de dezembro, em Mucugê, a 69a reunião ordinária do Conparna-CD (Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina). Com a participação de cerca de 30 pessoas, entre conselheiros e convidados, a maior parte do encontro foi dedicada a realização do Plano de Ação do Conparna para 2020/21.

Divididos em quatro grupos de trabalho (GTs), os conselheiros definiram objetivos e metas para a realização de ações dentro dos eixos prioritários do colegiado (confira a seguir). Os caminhos e desafios para a realização de acordos de cooperação técnica entre gestores municipais e o ICMBio esteve entre os principais pontos de pauta, que foi apresentado pelo secretário de Turismo e Meio Ambiente de Andaraí, Emílio Tapioca.

Conselheiro apresenta proposta de App que pode ajudar
no monitoramento de visitantes. 
Ele destacou a importância dos municípios compreenderem que a preservação do Parque Nacional é uma responsabilidade coletiva, já que a unidade está dentro dos municípios e traz benefícios ambientais e econômicos diretos para cada um. Nos últimos anos, a Prefeitura Municipal de Andaraí já realizou ações importantes de apoio, como a reforma da Ladeira do Império, no Vale do Pati, e a contratação de monitores para atuarem nas trilhas e na prevenção a incêndios florestais.

O secretário demonstrou preocupação com o fluxo excessivo de visitantes em alguns atrativos e afirmou ter interesse em realizar outras ações para a conservação dessas localidades, como a região do Rio Garapa, localizado no interior do Parque Nacional. “Para garantirmos a preservação do patrimônio ambiental, é preciso que os municípios trabalhem juntos, de forma sólida e objetiva”, ressaltou o secretário.

Para a chefe do Parque Nacional, Marcela de Marins,“é preciso criar diferentes modelos de gestão. O PNCD possui dezenas de entradas e a visitação é distribuída, por isso, não é viável implantar o mesmo modelo do Parque Nacional do Iguaçu (PR), por exemplo”. As parcerias oficiais realizadas com prefeituras e outras organizações é uma opção que tem funcionado em diversas unidades de conservação do país, segundo a gestora.

Para o aprofundamento do debate, na próxima reunião do Conparna, que ocorrerá no dia 06 de março, em Andaraí, serão apresentados aos conselheiros alguns modelos de cooperação adotados por outras de unidades de conservação do país, como o do Parque Nacional de Ilha Grande (PR).

Na ocasião, outros temas também foram debatidos, como o desenvolvimento da Observação de Aves (birdwatching) na região e a utilização da Plataforma Corais, ferramenta digital livre, para otimizar as atividades dos grupos de trabalho.

Veja os principais objetivos de cada GT


Fortalecimento de comunidades e educação ambiental

- Realização de um encontro das comunidades residentes do Parque Nacional.

Prevenção de incêndios

- Formação e fortalecimento das brigadas voluntárias

Pesquisas socioambientais

- Organizar e disponibilizar pesquisas acadêmicas sobre a Chapada Diamantina em plataforma digital

Controle e fluxo de visitantes

- Criar aplicativo de celular para levantamento e monitoramento de dados de visitação

segunda-feira, novembro 25, 2019

Passarinhando no Parque Nacional da Chapada Diamantina

Reunião organizada pelo ICMBio reúne profissionais para discutir e estimular a prática da Observação de Aves na Unidade de Conservação



Espécie encontrada no Parque Nacional. Beija-flor-marrom. Foto: Thalison Ribeiro 
   
Na Chapada Diamantina existem 359 espécies de aves, segundo dados publicados em 1999. Entre elas, estão espécies endêmicas de diferentes biomas brasileiros e 21 ameaçadas de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

Essa quantidade de espécies, considerada subestimada por alguns especialistas, é consequência do encontro de biomas que ocorre dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), com áreas de campos rupestres, caatinga, cerrado, matas ciliares e florestas úmidas. “Devido a variedade de ambientes, encontramos aqui uma rica diversidade de aves, o que torna o local ideal para a prática da Observação de Aves, ou birdwatching, e com um grande potencial turístico a ser desenvolvido”, afirma Elivan Arantes, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave)/ICMBio. “Algumas operadoras do segmento já divulgam o PNCD como o local mais rico em diversidade de pássaros do Brasil”, completa. 

O encontro foi realizado no Campus da UEFS, em Lençóis. 

Com o objetivo de estimular a construção de ações para o desenvolvimento da atividade na Unidade de Conservação e no seu entorno, no dia 19 de novembro, o ICMBio promoveu, em Lençóis, o encontro “Passarinhando no Parque Nacional da Chapada Diamantina” com a participação de profissionais que já atuam com a atividade na região. 

A ação foi impulsionado pelo analista ambiental Elivan Arantes, que está na região realizando um estudo exclusivo sobre as potencialidades desta modalidade como estratégia de ampliação da visitação, buscando formatar novos itinerários para o birdwatching no território.

Bióloga avista o Beija-flor-de-gravata-vermelha na
Chapada Diamantina. Foto: Ciro Albano 
O turismo de Observação de Aves está em crescimento no Brasil e no exterior e apresenta números expressivos. Apenas nos Estados Unidos, 45 milhões de pessoas praticam o birdwatching e 16,3 milhões viajam em busca de avistar novos pássaros. O que movimenta 41 bilhões de dólares por ano, de acordo com o departamento nacional americano de proteção da vida selvagem (U.S. Fish and Wildlife Service).

Para a bióloga e condutora de visitantes especialista em birdwatching, Cristiane Prates, o Brasil, em especial a Chapada Diamantina, possui diferenciais relevantes para participar desse nicho de mercado. Além de possuir espécies exclusivas, que atraem muito esse público, realizar uma visita ao Parque Nacional possibilita que o observador de aves otimize seu tempo e consiga aumentar a sua lista de espécies avistadas em uma única viagem. “Em apenas um dia é possível fazer a volta ao Parque Nacional e ver espécies de quatro biomas diferentes”, destaca.

Conservação 

 
Jogo da memória é desenvolvido por educadora para estimular a preservação da fauna. 

Para além do desenvolvimento econômico, “a atividade contribui para a promoção da ciência cidadã, da saúde, do bem-estar e, principalmente, da conservação ambiental”, ressalta Prates. Razões que motivaram a bióloga e educadora, Adriana Caribé, a desenvolver um projeto pedagógico sobre o tema na comunidade quilombola do Remanso, no município de Lençóis.

“Os pássaros fascinam os seres humanos, por isso, achei que seria uma forma estratégica de sensibilizar os alunos sobre a importância de valorizar a fauna viva”, explica. Em apenas duas horas de aula no pantanal do Marimbus, ela e os alunos identificaram 35 espécies de aves.

Os dados levantados subsidiaram a produção de um jogo educativo da memória, chamado “Remanso das Aves”, que foi distribuído posteriormente para as demais escolas municipais. “O objetivo do material é estimular a observação de aves e o reconhecimento da importância delas para o ecossistema e para a preservação ambiental”, afirma a educadora.

Proposições 


Capacitar condutores foi uma das principais
proposições da reunião. 
Em formato de roda de conversa e troca de experiências, o evento buscou provocar reflexões a respeito dos desafios e potencialidades do desenvolvimento da observação de aves no Parque Nacional.

Capacitar condutores de visitantes para exercer a atividade foi uma das principais questões discutidas entre os participantes. “Eles são a peça-chave para incluirmos o turismo de observação de aves nos roteiros da Chapada Diamantina, além disso, é uma forma de agregar valor ao serviço desse profissional, que está sendo preterido por conta da utilização de aplicativos”, afirma Maiza Andrade, empresária do turismo e observadora de aves.   

A partir do debate, foram listadas estratégias e ações prioritárias que podem contribuir para o desenvolvimento do birdwatching, como realizar uma capacitação para condutores, formatar roteiros para agências e montar estandes em feiras e eventos nacionais e locais, além de criar uma rede colaborativa sobre o tema.

sexta-feira, novembro 01, 2019

Vazamento de óleo: Brigadistas do PNCD ajudam na limpeza das águas de Aracaju

Brigadistas da Chapada Diamantina e integrantes das Fundação Mamíferos Aquáticos, responsável por monitorar o Peixe-boi chamado Astro, reintroduzido há 20 anos no litoral de Alagoas.


Os brigadistas da Chapada Diamantina foram convidados, mais uma vez, para participar de uma força-tarefa em favor do meio ambiente.

Durante 15 dias do mês de outubro, a brigada do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) atuou na limpeza de praias, estuários e mangues de Aracaju, em Sergipe, atingidas pelo vazamento de óleo de grande proporção que ocorre em todo litoral nordestino desde setembro.

Apenas neste período, o esquadrão, composto por cinco brigadistas, foi responsável por retirar duas toneladas de óleo das águas da região. O objetivo principal da expedição foi limpar as áreas onde ocorre o capim-agulha, alimento do Peixe-boi marinho - espécie ameaçada de extinção.

A expedição foi uma ação do ICMBio com o apoio da Fundação Mamíferos Aquáticos.



sexta-feira, setembro 27, 2019

Brigadistas da Chapada Diamantina combatem incêndios na Amazônia e Chapada dos Guimarães

Foram 35 dias de combate entre os parques nacionais da Chapada dos Guimarães e dos Campos Amazônicos com a participação de brigadistas contratados e voluntários   

PNCD participou da operação GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que reuniu Forças Armadas, agências federais e efetivos estaduais no combate a focos de incêndio na Amazônia Legal

Brigadistas do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e voluntários atuaram em combates a incêndios florestais em Rondônia e na Chapada dos Guimarães, entre os meses de agosto a setembro, período em que grandes focos acometeram a região norte do país ganhando ampla repercussão na mídia nacional e internacional.

O governo federal deflagrou uma operação de combate com a integração das Forças Armadas, ICMBio, IBAMA, Corpo de Bombeiros e polícia ambiental, recrutando brigadas de todo país para atuar na região.

Brigadistas da Chapada Diamantina enfrentaram
condições mais severas do fogo e do clima.  
O PNCD enviou uma equipe de sete brigadistas contratados, dois voluntários e o gerente do fogo, Luiz Coslope, que se deslocaram primeiro para o Mato Grosso e depois para o Parque Nacional Campos Amazônicos, em Rondônia – estado que registrou um aumento de 370% nos incêndios florestais comparados ao mesmo período do ano passado.

Apesar de não haver o mesmo destaque nos jornais, a situação no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, também era crítica. Segundo o gerente do fogo, “em apenas cinco horas, uma linha fogo de 10 km chegava a se formar, algo atípico”.   

Mesmo assim, os brigadistas conseguiram debelar o fogo, que consumiu cinco mil hectares da unidade de conservação. A equipe também combateu outro grande foco na borda do parque, que chegou a atingir casas e 30 mil hectares de floresta. “Mas conseguimos evitar que entrasse no parque”, conta Coslope. 

Já em Rondônia, em apenas uma noite, foram debelados 12 km de linha de fogo pela equipe da Chapada Diamantina que só deixou o local com o fogo extinto. “Este era nosso objetivo, finalizar o trabalho quando tudo realmente estivesse apagado”, conta Lucas Almeida, brigadista do ICMBio.
“A experiência da equipe da Chapada Diamantina contribuiu para o resultado, já que estão acostumados a combater em locais de difícil acesso, que exigem horas de caminhadas e pernoites no campo”, destaca Coslope.

Para Lucas, uma das recompensas pela viagem de milhares de quilômetros via terrestre foi salvar diversos animais e plantas, “vimos muitos pássaros, antas e lobos conseguirem fugir enquanto contínhamos o avanço das chamas”. 


Intercâmbio e aperfeiçoamento 



Brigada do Parque Nacional atuou por duas vezes, na mesma
 temporada, no combate
aos incêndios da Chapada dos Guimarães 

Atuar em outros estados do país, com vegetação e clima diferentes, fez os brigadistas da Chapada Diamantina enfrentarem chamas mais intensas e temperaturas mais elevadas do que de costume, “em torno de 40 graus pela manhã”, conta o brigadista Paulo Roberto Júnior.

As condições mais severas contribuíram para o aperfeiçoamento de técnicas de combate. Um dos principais motivos que levou o brigadista José dos Anjos a passar, voluntariamente, mais de um mês fora de casa.

“Eu fui, principalmente, para ganhar experiência”, conta José. “Na Chapada dos Guimarães, por exemplo, é preciso ter ainda mais cautela, pois a chance de reignição é muito alta, colocando o brigadista em risco”.

Para Lucas, “o contato com outras brigadas do país permitiu conhecer diferentes formas de trabalhar”. “A maioria delas atuam com técnicas de combate indireto, como a confecção de aceiros e a utilização do contra-fogo, enquanto nós atuamos mais no combate direto, com a utilização de abafadores, bombas costais e sopradores”. 

A brigada do PNCD já foi recrutada anteriormente para atuar em outras unidades de conservação, como o Parque Nacional Boqueirão da Onça, Refúgio da Vida Silvestre do Oeste Baiano, na Bahia, e na Reserva Biológica da Mata Escura, em Minas Gerais.

segunda-feira, setembro 09, 2019

Conselho debate ações preparatórias para temporada de incêndios

ICMBio, em parceria com o IBAMA, realiza operação de notificação preventiva em propriedades rurais no entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina 

A conselheira, Maria Gagnon, fala da importância de pensar em medidas para prevenir incêndios em áreas reincidentes, como a BR-242 


Foi realizada em Lençóis, no dia 30 de agosto, a 68ª reunião ordinária do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina (Conparna-CD). O principal ponto de pauta foi a apresentação das ações preparatórias para a próxima temporada de incêndios, que vai de agosto a janeiro.

No mês de agosto, o ICMBio, junto ao IBAMA, realizou a operação Apoena com o intuito de orientar e notificar de forma preventiva proprietários rurais vizinhos ao Parque Nacional com alto índice de incêndios florestais.

Secretário de Meio Ambiente de Mucugê, Euvaldo Ribeiro,
apresenta as medidas preparatórias do município. 
A chefe do Parque Nacional, Marcela de Marins, também apresentou os aceiros negros realizados no Gerais do Vieira e Rio Preto, em junho deste ano. A ação foi bem recebida pelos conselheiros que solicitaram a confecção de aceiros negros também nos municípios do entorno do Parque Nacional, principalmente em regiões com eventos recorrentes, como a da BR-242. 

“O apoio dos conselheiros aos aceiros negros é fundamental, pois são ferramentas de prevenção e combate com grande potencial para a proteção de áreas estratégicas, como nascentes”, destaca Marcela. “O objetivo é criar uma rede de aceiros interligados para diminuir a ocorrência e a extensão dos incêndios no final da estação seca, facilitando o seu monitoramento e controle”, completa.   

Além dessas ações, o ICMBio destacou a contratação de 42 brigadistas que irão atuar durante toda a temporada de 2019/2020 no monitoramento em mirantes, rondas e combates.

Estado e municípios   


Representantes do Inema e da Defesa Civil falaram sobre
as ações do Estado na Chapada Diamantina.   
Na ocasião, representantes do Governo do Estado e dos municípios também foram convidados para apresentar suas ações preparatórias. A coordenadora Regional do Inema, Simone Sodré, destacou as ações do estado durante os anos de 2013 a 2019 e afirmou que neste ano, até o final de setembro, o órgão está realizando capacitações e a entrega de equipamentos de combate e EPIs para brigadistas voluntários de 15 municípios da Chapada Diamantina.

De acordo com o Secretário de Meio Ambiente de Mucugê, Euvaldo Ribeiro, “a prefeitura está estreitando a relação com e entre as brigadas para unir forças durantes os combates e, também, contratou dois observadores para realizar monitoramento nos dias mais críticos”. 

Além disso, foram disponibilizadas por empresas agrícolas aos moradores das comunidades rurais de São Pedro e Libânio, Costela e Fazenda Nova, áreas de pastagem para os seus animais nos períodos de estiagem e, assim, evitar com que sejam levados para pastar nas áreas do Parque Nacional.
A prefeitura de Andaraí, segundo Emílio Tapioca, secretário de Turismo e Meio Ambiente, está disponibilizando às brigadas voluntárias uma moto para monitoramento, veículos e alimentação para combate, além da locação de um imóvel para o alojamento de bombeiros civis e da CIFA (Combatentes a Incêndios Florestais de Andaraí).   

Plano de ação 


Conselheiros elegem temas prioritários para as ações do Conparna. 


Durante a reunião, também foi debatido o Plano de Ação do Conselho Consultivo para o biênio 2019/2021 e elencado os seus temas prioritários, que foram divididos em quatro eixos: fortalecimento das comunidades e educação ambiental; prevenção aos incêndios; pesquisas socioambientais e controle do fluxo de visitantes.

A partir disso, foram criados grupos de trabalho que irão atuar na elaboração de propostas para cada tema que serão apresentadas na próxima reunião, no dia 06 de dezembro, em Mucugê.

sexta-feira, agosto 23, 2019

Grutas do Lapão e do Castelo terão visitação suspensa

No mês de setembro, o ICMBio irá iniciar o Plano de Manejo Espeleológico das grutas do Lapão e do Castelo. O estudo irá gerar informações que serão utilizadas para elaborar o zoneamento e as normas das grutas e, também, a possível implantação das estruturas físicas necessárias para garantir sua conservação. Para isso, a visitação nos locais será suspensa durante um dia.

Tome nota

- Gruta do Lapão – Lençóis
 Fechamento: dia 09 de setembro (segunda-feira)

- Gruta do Castelo – Vale do Pati

Fechamento: dia 11 de setembro (quarta-feira) 

Contamos com a colaboração de tod@s!

terça-feira, julho 09, 2019

ICMBio realiza aceiros negros nos Gerais do Rio Preto e Vieira

Neste ano, o Parque Nacional da Chapada Diamantina investe em mais uma ação de prevenção aos incêndios florestais e realiza aceiros negros para proteger nascentes e matas ciliares  


Gerais do Vieira. 
Neste mês de junho, o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) começou a confecção de aceiros negros para proteger locais sensíveis ao fogo, como nascentes, matas ciliares e florestas. A primeira experiência foi realizada nos Gerais do Rio Preto e Vieira, locais com alta incidência de incêndios florestais.

Os aceiros são faixas com pouca, ou sem vegetação, cujo objetivo é formar uma barreira natural e impedir a propagação de incêndios, protegendo áreas onde a taxa de mortalidade das plantas é alta e com menor capacidade de recuperação. “Optamos pelos aceiros negros, que são confeccionados com a utilização de fogo, por apresentar várias vantagens em relação a limpeza feita com foices e enxadas”, destaca Luiz Coslope, gerente do fogo do PNCD.


Em vermelho, aceiros negros confeccionados em 2019.
Fonte: PNCD/ICMBio 
Em amarelo, áreas queimadas de forma criminosa no
Gerais do Rio Preto em 2018.
Em vermelho, aceiros negros confeccionados em 2019.
Fonte: PNCD/ICMBio 


























A primeira delas é que nos aceiros negros a rebrota do capim ocorre rapidamente, ficando praticamente imperceptível aos visitantes. Além disso, minimiza os solos expostos e as erosões, que são comuns em aceiros feitos com ferramentas. A utilização do fogo também aumenta muito a capacidade de execução. “Levaria muito mais tempo e esforço para confeccionar um aceiro do tamanho necessário para barrar os incêndios”, explica Coslope.

Realizado no inverno, o fogo é muito menos severo,
não matando arbustos e plantas mais sensíveis.  
Estão sendo feitas faixas que possuem, em média, 50 metros de largura e somadas possuem 9 km de comprimento, totalizando uma área de 40 hectares. Até o final do mês de julho, se as condições climáticas forem favoráveis, ainda serão realizados outros aceiros próximos a BR 242.  O objetivo é criar uma rede de aceiros interligados para diminuir a ocorrência e a extensão dos incêndios no final da estação seca, facilitando o seu monitoramento e controle.


CONDIÇÕES IDEIAS 

A escolha do lugar e da época para a confecção dos aceiros é imprescindível para o seu sucesso e para minimizar o seu impacto. Por isso, foram eleitas áreas de campo limpo, onde a vegetação é resistente ao fogo e as plantas não morrem após a passagem dele. Também estão sendo feitos em dias com alta umidade da vegetação e do ar, baixas temperaturas e pouco vento, o que proporciona um fogo de baixa intensidade, que não mata arbustos e outras plantas mais sensíveis. 

PESQUISA, PREVENÇÃO E COMBATE 

Aceiros negros no Gerais do Vieira.  

De acordo com a chefe do PNCD, Marcela de Marins, nas ações de prevenção e combate é necessário atacar em várias frentes, “nenhuma ação é capaz de dar conta de tudo sozinha”, ressalta. “Por isso, estamos testando mais uma ferramenta para adicioná-la às já utilizadas, como monitoramento nos mirantes, rondas, retirada de gado e muares das áreas queimadas e fiscalização”.

“Os aceiros negros são utilizados com sucesso em várias Unidades de Conservação e tem o amparo de diversas pesquisas científicas. Neste ano, nossa intenção é avaliar se a ferramenta é efetiva no Parque Nacional da Chapada Diamantina”, afirma Marcela.   

Nesta ação, o PNCD contará com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), que irão levantar dados para subsidiar a gestão na decisão de adotá-los ou não como ação definitiva e qual a periodicidade que poderá ser realizado. 

“A pesquisa irá medir a eficiência dos aceiros através de imagens de satélite, onde será verificado se eles conseguiram, efetivamente, inibir a propagação de grandes incêndios. Também serão acompanhados a evolução do ambiente após a queima, como o tempo que a vegetação levará para se regenerar e o impacto do fogo na qualidade do solo, da água e na vida da fauna aquática”, afirma Everton Poelking, professor de engenharia florestal da UFRB.

CONCILIAÇÃO  

ICMBio  retira animais de área em regeneração em 2018. 
A decisão de realizar aceiros na região dos Gerais do Vieira e Rio Preto ocorreu em acordo entre a gestão do PNCD e os moradores do Vale do Pati. No primeiro semestre de 2018, o ICMBio embargou todas as áreas incendiadas criminosamente na unidade, proibindo a sua utilização como pasto para permitir a recuperação da vegetação no local - considerada de grande relevância ecológica por abrigar diversas nascentes.

Os aceiros negros permitem conciliar os interesses da Unidade de Conservação e dos moradores, pois, ao mesmo tempo que previnem grandes incêndios, serão utilizados pelos patizeiros como pasto para suas mulas, que são necessárias para manutenção do modo de vida local. Estas áreas vão rebrotar e fornecer capim novo para os animais na época mais seca.

segunda-feira, maio 27, 2019

Reunião de renovação do conselho gestor é realizada em Andaraí

Confira a lista das 30 entidades da sociedade civil e poder público que irão atuar como conselheiras do Parque Nacional no próximo biênio (2019/2021)    




Ocorreu no dia 17, em Andaraí, a 67ª reunião ordinária do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina (Conparna-CD). O objetivo da reunião foi a eleição para a renovação das entidades que compõe o colegiado.  

Participaram mais de 40 pessoas, entre atuais conselheiros e novos candidatos, e a escolha das entidades foi realizada em grupos setoriais. Os participantes também discutiram e elencaram áreas prioritárias para os trabalhos do conselho nos próximos dois anos. Entre os principais temas estiveram o controle de visitantes; cadastramentos de condutores; crescimento imobiliário no entorno e dentro da unidade de conservação e prevenção aos incêndios florestais.   

Foram oferecidas 43 cadeiras no total e eleitas 30 entidades divididas em nove setores (confira a seguir a lista da nova composição do conselho). As entidades eleitas irão indicar seus titulares e suplentes até o dia 30 de maio. O Conparna realiza quatro reuniões ordinárias e itinerantes por ano, realizadas em diversas localidades dos seis municípios do entorno. Todas são abertas ao público. A próxima ocorrerá no mês de agosto em Ibicoara.        

Composição do Conparna para o biênio 2019/2021:  



Sociedade civil 

- Comunidade da Campina – Vale do Capão/Palmeiras  
- Viver Cultura e Meio Ambiente – Andaraí 
- Instituto Nascentes do Paraguaçu – Mucugê  
- Comissão de Meio Ambiente do Vale do Capão – Palmeiras    

Vagas oferecidas: 4
Vagas ocupadas: 4 

Comunidades locais 

- Associação Comunitária dos Moradores de Campos do São João – Palmeiras 
- Ass. Comunitária do Barro Branco – Lençóis  
- Remanescente Quilombola Fazenda Velha – Andaraí 
- AMBAI - Associação de Moradores, Produtores Rurais e Condutores de Visitantes do Baixão de Ibicoara
- Ass. Quilombola do Remanso – Lençóis 

Vagas oferecidas: 9 
Vagas ocupadas: 5 

Colegiados de políticas públicas 

- Conselho Municipal de Turismo de Mucugê

Vagas oferecidas: 3 
Vagas ocupadas: 1

Brigadas de incêndios florestais 

- Grupo de Defesa Ambiental Marchas e Combates – Mucugê 

Vagas oferecidas: 4
Vagas ocupadas: 1

Setor produtivo

- Bioenergia Orgânicos Ltda – Lençóis  
- Bocapio – Lençóis 
- Lavoura e Pecuária Igarashi Ltda – Ibicoara 

Vagas oferecidas: 3
Vagas ocupadas: 3

Órgãos do poder público 

- Defesa Civil – Salvador 
- Consórcio Chapada Forte – Andaraí  

Vagas oferecidas: 4
Vagas ocupadas: 2

Prefeituras

- Prefeitura Municipal de Andaraí 
- Prefeitura Municipal de Ibicoara 
- Prefeitura Municipal de Lençóis 
- Prefeitura Municipal de Mucugê 
- Prefeitura Municipal de Palmeiras 

Vagas oferecidas: 6
Vagas ocupadas:  5

Turismo 

- ACEL (Ass. de Comerciantes de Lençóis) 
- Bicho do Mato – Ibicoara 
- Radical Chapada – Ibicoara 
- Pousada Tatu do Bem – Lençóis 

Vagas oferecidas: 4
Vagas ocupadas: 4

Instituições de ensino e pesquisa 

- Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) – Lençóis  
- Universidade Estadual da Bahia (Uneb) – Seabra 
- Instituto Federal da Bahia (IFBA) – Seabra 

Vagas oferecidas: 3
Vagas ocupadas: 3

Órgãos públicos ambientais 

Vagas oferecidas: 3
Vagas ocupadas: 0 

quinta-feira, abril 25, 2019

ICMBio divulga balanço de incêndios da última temporada

As chamas atingiram 4% do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Apenas o incêndio da região da Chapadinha foi responsável por queimar mais de três mil hectares  

Comparativo de áreas afetadas nos últimos dois anos. 


Série histórica de incêndios. 
De fevereiro de 2018 a março de 2019, o ICMBio atuou em 30 ocorrências de incêndios florestais dentro e no entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD). Desse total, 13 foram dentro da unidade de conservação e atingiram quase seis mil hectares, o que corresponde a 4% da área do parque.   

Comparado à temporada de 2017 foi registrado um aumento, já que naquele ano apenas 0,07% do território foi atingido. Apesar disso, “os dados atuais permanecem dentro da média histórica”, afirmou o gerente do fogo do PNCD, Luiz Coslope. 

O Parque Nacional gastou R$ 252 mil em combate e prevenção e atuou em todos os combates da temporada dentro da unidade com o apoio fundamental de brigadas voluntárias em 11 ocorrências. “Os voluntários são pessoas muito comprometidas, experientes e com conhecimento da serra, o que é essencial para um combate eficiente”, destaca. 

Índice de chuvas de 2018 comparada a média histórica. 

Luiz Coslope atribui o resultado de 2018 a dois incêndios que juntos consumiram quase cinco mil hectares perimetrados por imagem de satélite. O primeiro ocorreu no Gerais do Rio Preto, região sudoeste do Vale do Capão, quando o parque estava sem a brigada contratada e foi necessário solicitar reforço de fora; “além disso, foi um incêndio que já iniciou grande, através de satélite e idas em campo foi verificado que vários pontos foram incendiados de uma só vez”.

O outro ocorreu na região da Chapadinha, no sul do parque, que sozinho atingiu 3.363 hectares. O foco começou fora da unidade e foi avistado do mirante, porém “apenas o trajeto de carro para chegar ao local leva em torno de oito horas, assim o fogo se alastrou, atingindo a zona intangível do parque que estava sem queimar há 20 anos”, o que significa muita biomassa e maior dificuldade para debelar o fogo. 

Índice de chuvas por mês em 2018  

Ações integradas   


Retirada de animais de áreas queimadas para
a recuperação da vegetação 
Além dos combates, para diminuir os incêndios florestais são necessárias uma série de ações em diversas áreas desenvolvidas ao longo do ano, como conscientização, monitoramento e investigação.

Em 2018, uma importante ação realizada foi a retirada de muares e equinos das áreas queimadas para a recuperação da vegetação. Segundo Coslope, “há indícios que alguns incêndios foram causados para a renovação de pastagem para criação desses animais”.

Também foi realiza a autuação do responsável pelo incêndio da região da Chapadinha, o maior da temporada, e contratado pela primeira vez um esquadrão de brigadistas durante 12 meses, o que possibilitou a manutenção do sistema de mirantes durante todo período crítico e a realização de rondas na serra e em áreas queimadas para verificar quem se beneficia do fogo.

Outro avanço foi a implantação, ainda parcial, do sistema de rádio que irá atender toda Chapada Diamantina. Neste momento, já estão funcionando três repetidoras que cobrem as regiões sul, centro e oeste do parque.

Para 2019, além dessas ações, a gestão do PNCD irá reforçar as medidas preventivas através da realização de aceiros negros - técnica que consiste em retirar uma faixa da vegetação em áreas estratégicas, por meio de queima controlada, para impedir a propagação das chamas.

sexta-feira, abril 12, 2019

Sete motivos para participar do Conselho Consultivo do Parque Nacional

Até o dia 20 de abril, estão abertas as inscrições para participação do Conselho Consultivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina (Conparna-CD). Um espaço de articulação, elaboração e promoção de políticas públicas para a conservação da biodiversidade, das paisagens e para o desenvolvimento socioambiental do Parque Nacional e seu entorno. São 43 vagas divididas em dez segmentos da sociedade civil e poder público. Confira os sete principais motivos para participar:

Primeira composição do Conparna-CD, que este ano completa 18 anos. 

1) Conquista de resultados concretos 


Muitos resultados concretos na gestão do Parque Nacional foram conquistados a partir do momento em que os moradores passaram a defender os seus anseios e necessidades, além de cobrar e pensar estratégias para a resolução de problemas.

Um exemplo importante, lembrado por Rilza Rola, conselheira há 15 anos, foi a decisão de realizar uma política de aproximação e boa convivência com as comunidades residentes do Parque. “Esse debate passou a existir somente após a criação do conselho, quando, então, chegamos a proposta de realizar Termos de Compromisso”, que são acordos oficiais para compatibilizar o modo de vida tradicional das comunidades à preservação da biodiversidade.

sexta-feira, abril 05, 2019

Inscrições para o conselho gestor do PNCD estão abertas

O ICMBio acaba de abrir as inscrições para a renovação das entidades que fazem parte do Conparna-CD (Conselho Gestor do Parque Nacional da Chapada Diamantina). Estão disponíveis 43 vagas dividias em dez setores, sendo o de “comunidades locais” o que possui o maior número. Não existem vagas vitalícias, todas as instituições que queiram continuar devem fazer a inscrição.

O Conselho é um espaço de articulação, elaboração e promoção de políticas públicas para a conservação da biodiversidade, das paisagens e para o desenvolvimento socioambiental do Parque Nacional e seu entorno.

Quem pode se inscrever? 
Instituições púbicas e privadas e representantes de comunidades locais (mesmo que não sejam constituídas legalmente), com atuação comprovada nos municípios do entorno do PNCD: Palmeiras, Lençóis, Andaraí, Mucugê, Itaetê e Ibicoara. 

Como posso me inscrever? 
Confira o edital onde constam os documentos e as formas de realizar a inscrição da sua instituição.

Qual prazo? 
01 a 20 de abril de 2019

Como posso tirar dúvidas?     

Nossa equipe está à disposição através dos canais:
Telefones: (75) 3332-2310 e (75) 3332-2418
E-mail: conparna.cd@gmail.com
Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 80. Centro, Palmeiras.

sexta-feira, março 15, 2019

Visitação cresce 33% nos atrativos do PNCD no Vale do Capão

Os dados foram levantados no feriado de carnaval durante o maior monitoramento da visitação já realizada na unidade de conservação, ação que priorizou a conscientização ambiental para visitantes e voluntários   

Voluntário apresenta regras do Parque Nacional aos visitantes na entrada da trilha  

Durante o feriado de carnaval, o ICMBio, em parceria com a entidade Ampla Bombeiros Civis, realizou o monitoramento dos atrativos do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) acessados pelo Vale do Capão. A ação foi a maior atividade de monitoramento da visitação já realizada na Unidade de Conservação (UC) e registrou a passagem de mais de quatro mil visitas, o que significa um aumento de 33% no fluxo turístico, comparado ao mesmo período do ano passado.
 
 Ação contou com voluntários, brigadistas e analistas.  
Com foco na conscientização ambiental, na segurança e no ordenamento da visitação, foram monitoradas as entradas das trilhas que dão acesso aos atrativos do Parque Nacional: o Bomba, que dá acesso a Cachoeira da Purificação e Vale do Pati; a entrada para Rodas, Rio Preto e Poço do Gavião e o acesso para o Morrão e Águas Claras. Além disso, quatro pessoas foram destinadas apenas para organizar a visitação na parte superior da Cachoeira da Fumaça.

O trabalho tem sido realizado nos últimos anos no Vale do Capão e desde a primeira edição o objetivo é apresentar aos visitantes as normas do PNCD, como não fazer fogueiras, não entrar com animal doméstico, não consumir bebidas alcoólicas e não deixar lixo, entre outras. Uma semana antes do feriado, também foram distribuídos panfletos sobre o tema em pousadas e restaurantes do Capão.

Para Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBIo, a ação foi considerada positiva pois contribuiu para que os turistas tivessem uma boa experiência nos atrativos, sem causar danos ao ambiente e acidentes. Grande parte dos visitantes acataram as recomendações, apenas dois insistiram em descumprir as regras entrando com animal doméstico. “Por isso, foram autuados, o que foi feito como última medida”, explica.

Educação ambiental e voluntariado 

Voluntária participa da ordenação da visitação na Fumaça. 
O trabalho só foi possível devido a parceria realizada com a Ampla Bombeiros Civis de Seabra, entidade voltada para a valorização da profissão, que mobilizou os 18 jovens que atuaram voluntariamente como monitores durante o feriado. 

O que foi essencial para viabilizar as atividades e alcançar os resultados junto aos visitantes. Além disso, “foi uma grande satisfação promover o contato de moradores da região com o Parque Nacional e também conscientizá-los sobre qual comportamento devemos ter em um ambiente natural”, destaca Marcela. “Realizar atividades com voluntários também possui um papel educativo”, completa.

A maioria dos voluntários não conhecia o Vale do Capão, assim como Ildinéia Alves (30), socorrista e estudante de técnico em enfermagem.  Ela atuou pela primeira vez como voluntária e ficou apaixonada pelo lugar. “Foi muito gratificante cuidar um pouco da natureza e poder ajudar as pessoas. Foi uma grande experiência”, ressalta.

Para Deise dos Santos, presidente da Ampla, a participação no monitoramento do Parque Nacional é uma troca. “É uma forma de mostrarmos para a sociedade a importância do nosso trabalho e, ao mesmo tempo, contribuir com o meio ambiente”.

Ação contou ainda com a participação de toda equipe técnica do PNCD/ICMBio, brigadistas contratados e com o apoio da Prefeitura Municipal de Palmeiras.
   

Seja um voluntário    


Trabalho de monitoramento foi realizado através do programa "Voluntariado ICMBio".

“Voluntariado ICMBio” é um programa nacional  que visa promover o engajamento da sociedade na conservação da biodiversidade por meio da ação voluntária e do reconhecimento público dessa contribuição.

É uma oportunidade para cada um exercitar sua cidadania e contribuir para um meio ambiente mais equilibrado e melhoria da qualidade de vida local. É possível atuar como voluntário no Parque Nacional da Chapada Diamantina e também em outras Unidades de Conservação do país.

Cadastre-se no sistema do Programa de Voluntariado e receba as chamadas públicas para a realização dessas atividades.

sexta-feira, março 08, 2019

Mulheres na linha de fogo

Brigadistas que atuam no combate aos incêndios florestais no Parque Nacional da Chapada Diamantina reforçam o argumento de que é possível atuar em qualquer área independente do gênero, mesmo nas que exigem mais força física e em que somos submetidos a condições extremas  

Pauliana Alves, de Ibicoara, brigadista há 15 anos. 

Apesar de possuir um papel de extrema importância para a conservação ambiental, pouco se fala sobre o trabalho dos brigadistas. A profissão não é regulamentada e os dados são quase inexistentes, ainda mais quando se trata de um recorte de gênero. Mas não é preciso de muito para saber que é uma função ocupada majoritariamente por homens. Porém, esse cenário tem mudado. Quem conhece as inúmeras brigadas da Chapada Diamantina sabe que as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço na linha de fogo.

Uma conquista que segue a tendência da América Latina na diminuição da desigualdade entre homens e mulheres, de acordo com o Índice Global de Desigualdade de Gênero, mas com o diferencial de extrapolar um dos obstáculos mais primitivos da questão: a força física.
Esses profissionais são submetidos a diversas condições de risco e desconforto. Não é raro passarem dias acampados em locais inóspitos, tendo que caminhar quilômetros em mata fechada para enfrentar temperaturas elevadíssimas e muita fumaça.

A brigadista Pauliana Alves é moradora de Ibicoara e começou a ir para o fogo acompanhada de seu pai, um dos fundadores da brigada voluntária do município ligada a ACVIB. E, assim como suas companheiras de profissão, mesmo com o apoio dentro de casa, ouviu inúmeras vezes que aquilo não era trabalho para mulher.

Izabelle Brandão, brigadista voluntária do PNCD há sete anos. 
“Realmente é um desafio, pois temos que levar ferramentas, 20 litros de água nas costas e andar em terrenos acidentados durante a noite, mas isso é difícil para qualquer um. E na hora de debelar o fogo o que vale mesmo é o jeito, muitas vezes, eu me sinto muito mais preparada do que alguns homens”, destaca.

Qualquer pessoa para ser brigadista deve passar por uma capacitação, pois é um trabalho de alto risco, em que é necessário possuir diversas habilidades: saber manusear ferramentas como facão e enxada, conhecer o comportamento do fogo, dominar técnicas de prevenção e combate, ter espírito de equipe, além de ter um bom preparo físico, explica Soraya Martins, Chefe do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD).

No início da sua trajetória, Izabelle Brandão, brigadista voluntária há sete anos, também ouviu a mesma frase de repressão, porém, o amor pela natureza a ajudou a enfrentar o preconceito. “Em 2012, eu fiz um curso de formação de brigadistas em Mucugê e durante as aulas eu me emocionei diversas vezes, então, pensei que não importava se era algo para homem ou para mulher, aquilo era a minha missão de vida”, conta.

Além das brigadas contratadas anualmente pelo ICMBio e pelo IBAMA, cerca de 200  brigadistas enfrentam o combate de forma voluntária, sem receber remuneração.


Uma questão de escolha 



Olivia Taylor, brigadistas voluntária  por quase 20 anos. 
Segundo Soraya Martins, além da linha de fogo, para que um combate seja seguro e eficiente é necessário realizar diversas ações estratégicas e as mulheres estão protagonizando todas elas.  A participação feminina diretamente no combate é um destaque não por ser mais importante, mas por ajudar a eliminar o estereótipo de ser um trabalho exclusivamente masculino. “Queremos reforçar que a mulher pode, sim, ocupar a função que ela desejar”, ressalta. 

Durante os incêndios, muitas das brigadistas também trabalham na coordenação das ações, na articulação institucional, na mobilização, além de viabilizar alimentação, transporte e equipamentos e, fora desse período, também ocupam funções administrativas nas brigadas a que pertencem.

Olivia Taylor, moradora de Lençóis, foi uma das pioneiras do movimento ambientalista da região sendo sócia fundadora da Brigada Voluntária de Lençóis, a primeira a ser formalizada na Chapada Diamantina. Após, participou também da criação da BRAL (Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis) onde atuou por quase 20 anos apagando fogo, realizando projetos, captação de recursos e na articulação de parcerias com empresários e poder público.

“Nunca sofri nenhuma discriminação por parte dos meus companheiros brigadistas. Eu fazia parte de um grupo em que todos precisavam ter a mesma condição, caso contrário, você não pode ir para o fogo. É uma medida de segurança”, explica Olívia.

Olívia no primeiro combate realizado com EPI's, em 1997. 

O que é, realmente, necessário para ser brigadista? 

É preciso ter mais de 18 anos, possuir curso de brigadista especifico para incêndios florestais em instituição habilitada como Corpo de Bombeiros, ICMBIO e IBAMA.
Todos os anos o Parque Nacional da Chapada Diamantina contrata 42 brigadistas e oferece gratuitamente o curso de formação, aberto a toda comunidade do entorno. Em breve, serão oferecidas 80 novas vagas. Fique atenta!

quarta-feira, fevereiro 13, 2019

ICMBio realiza curso de trilhas sustentáveis em Seabra

A ação foi realizada a partir de uma demanda do conselho da APA Marimbus-Iraquara e visa difundir o novo conceito para os municípios do entorno do Parque Nacional 



Retomar a conexão entre a humanidade e a natureza é um dos caminhos para a preservação do meio ambiente e o principal objetivo do Curso Fundamental de Trilhas Sustentáveis realizado em Seabra, no início de fevereiro, pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD). 

A trilha é o principal equipamento turístico que leva o visitante aos atrativos naturais, por isso, ela possui um papel importantíssimo nessa relação. “Uma das funções de unidades de conservação como o Parque Nacional é encantar o público com a natureza e fazer com que ele se torne um defensor da conservação, fortalecendo a demanda por investimentos e ações para o setor. Mas, para isso, ele precisa sair satisfeito daquela experiência”, explica Pablo Casella, analista ambiental do ICMBio.

quinta-feira, janeiro 24, 2019

Chapada Diamantina de dentro para fora

Iniciativa comunitária lança roteiros no sul do Parque Nacional que proporcionam a integração entre visitantes e moradores. Os atrativos vão desde cachoeiras imponentes à fabricação artesanal de alimentos 

Café da manhã tradicional servido no Assentamento Rosely Nunes. Foto: Sirlene de Souza


A Chapada Diamantina acaba de ganhar seis novos roteiros de base comunitária, que passaram a ser comercializados nesta quinta-feira (24).  “Em Cantos da Chapada Diamantina” é uma proposta que visa adicionar experiências autênticas ao turismo de natureza através do dia a dia das pessoas que moram e guardam o patrimônio ambiental, contribuindo para o seu desenvolvimento e renda.

Almoço caseiro sabor culinária sertaneja.
Foto: Tulio Saraiva 
Com duração de um a três dias, os roteiros integram atrativos naturais e culturais com alimentação e hospedagem na casa de moradores e oferecem opções para quem gosta de aventura ou passeios mais tranquilos. As comunidades anfitriãs são o Baixão, Europa e Rosely Nunes, localizadas no município de Itaetê. Todas se caracterizam pela agricultura de subsistência, culinária de raiz e hospitalidade, sendo a porta de entrada para atrativos famosos, como os poços Azul e Encantado, e imponentes cachoeiras como a do Herculano e a Encantada.

Os roteiros também incluem atrativos que estão fora do circuito comercial, o que agrada o visitante que prefere um pouco mais de exclusividade. É possível, por exemplo, conhecer a fabricação artesanal de rapadura e o modo secular de se fazer a farinha de mandioca herdada dos índios. Em algumas opções também está incluso o “colha e pague” em plantações agroecológicas, onde o visitante sai com a sacola cheia de frutas, legumes e verduras fresquinhas.

terça-feira, janeiro 22, 2019

Visitantes e ICMBio inauguram passarela na trilha da Fumaça

Primeiros turistas a utilizar a nova passarela 


Fazer a trilha da cachoeira da Fumaça por cima, no Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), ficou menos impactante para o meio ambiente e mais confortável para o visitante após a construção de uma passarela para atravessar um trecho de rio intermitente. A obra foi inaugurada pelo ICMBio com a participação de visitantes, na última sexta-feira (18).

“Nas épocas de cheia muitas pessoas desviavam do rio, pisoteando raízes e gramíneas nativas,  alargando a trilha”, explica Pablo Casella, analista ambiental do ICMBio. “Com a passarela, a vegetação vai retornar ao seu local, o que já está acontecendo em alguns trechos desde quando ela começou a ser construída”, destaca. 

A Cachoeira da Fumaça é uma das mais belas e altas quedas d’água do país, com 380 metros, e para acessá-la por cima é preciso enfrentar 2 km de trilha íngreme. Por isso, para a construção de 50 metros de passarela foi preciso contar com a colaboração de muitas pessoas. Todo material foi transportado no braço, incluindo de alguns visitantes e voluntários que se dispuseram a levar tábuas ladeira acima.

A obra, iniciada em 2017, foi projetada e coordenada pela equipe do PNCD e construída pela brigada contratada do Parque com o apoio da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC), que doou parte das ferragens e contribuiu com o transporte de parte da madeira fornecida pelo ICMBio.

Visitantes ajudam a levar madeira em setembro de 2017


quarta-feira, janeiro 09, 2019

ICMBio registra aumento de 24% na visitação do vale do Pati

Dados foram levantados durante monitoramento de final de ano e são comparados aos do ano passado. Estima-se que o crescimento tenha sido ainda maior

Brigadista orienta visitantes na entrada do Bomba, no Vale do Capão. 


O ICMBio realizou, de 27 de dezembro a 03 de janeiro, o monitoramento da visitação no vale do Pati, região localizada no coração do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e de grande apelo turístico. O principal objetivo foi contabilizar e sensibilizar os visitantes acerca das normas de mínimo impacto da Unidade de Conservação.

Foi registrada a entrada de 2,7 mil pessoas nas trilhas que levam ao vale, incluindo quem estava indo apenas para a Cachoeira da Purificação. No vale do Pati, entraram mais de 720 visitantes e, desse montante, permaneceram no local mais de 46% durante o período. O monitoramento foi realizado pela terceira vez consecutiva e, comparado aos dados do feriado de réveillon de 2017/18, apenas no Beco do Guiné houve um aumento de 24% no fluxo turístico, o que equivale a 452 pessoas.   

Durante os oito dias, das 8h às 17h, duas duplas de brigadistas ficaram de plantão nas principais entradas de acesso ao local, a do Beco (Guiné) e do Bomba (Vale do Capão), enquanto uma terceira dupla realizava o monitoramento pelas trilhas. “A ação foi positiva, com poucas ocorrências e bem recebida pelos visitantes, que acataram com tranquilidade as recomendações”, afirma Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio.