quarta-feira, abril 29, 2015

Seleção de Brigadistas

© Todos os direitos reservados. Foto: Amanda Freitas

O Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA) irá selecionar brigadistas para atuar em prevenção e combate de incêndios Florestais. Inscrições entre 04 e 20 de maio.

Confira o edital em: http://migre.me/pFnfX

Baixe a ficha de inscrição em: http://migre.me/pFnvP



Mutirão no Parque Nacional da Chapada Diamantina realiza adequação de acampamento no lago do Baixão

Sentido horário: trilha aberta para dar acesso ao novo local de acampamento;  
limpeza do novo acampamento; transporte de pedras; confecção de degraus;
acampamento antigo desativado.
   

No último 11 de abril foi realizado um mutirão para manejo de trilhas no Baixão, região sul do Parque Nacional da Chapada Diamantina, município de Ibiocara. A atividade foi realizada por membros da Associação de Condutores de Visitantes de Ibicoara, Associação Bicho do Mato, Associação Radical Chapada, Associação de Moradores do Baixão, Prefeitura de Ibicoara e equipe do Parque Nacional.

No mutirão foi aberto um novo local de acampamento para substituir a área que hoje é utilizada para este fim. A antiga área de acampamento estava localizada às margens do Lago do Baixão, ao lado da trilha que dá acesso às cachoeiras Véu de Noiva e Fumacinha. "O mau uso do local estava acarretando impactos ao Lago do Baixão, como a contaminação por produtos de higiene pessoal e resíduos de alimentos. Além disso, a localização ao lado da trilha não é muito adequada para acampamento por causa da passagem mais ou menos frequente de pessoas que se dirigem para as cachoeiras da região", explica Pablo Casella, analista ambiental do Parque Nacional. A antiga área de acampamento foi desativada com a colocação de pedras, folhas e vegetação no local.

O novo local de acampamento foi aberto numa área degradada que é mais afastada do lago e é acessada por uma nova trilha que sai da trilha principal, garantindo maior tranquilidade aos campistas.

A administração do Parque Nacional da Chapada Diamantina ressalta a importância da prática de um excursionismo de mínimo impacto nos ambientes naturais. Confira se você já incorpora no seu cotidiano as seguintes orientações:

Existem moradores que residem na região, a comunidade do Baixão.
Trate os moradores da região com gentileza, cortesia e respeito. Mantenha as porteiras do modo que encontrou e não entrem em casas e galpões sem pedir permissão;

Não utilize fogueiras.
Fogueiras prejudicam o solo e representam grande risco de incêndios florestais – mesmo que você tenha grande experiência com isso. Prepare-se para acampar levando fogareiro.

"Ir ao banheiro" em ambientes naturais.
É recomendável levar uma Fossa Seca Ambulante de PVC. Saiba mais em: http://goo.gl/gDiz20. Caso não tenha uma leve uma pequena pá para cavar um buraco com 15 cm de profundidade, a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água, trilhas ou locais de acampamento, preferencialmente em locais onde não seja necessário remover a vegetação. Em hipótese alguma coloque fogo no papel higiênico, procure enterrá-lo juntamente com as fezes.

Deixe seu animal doméstico em casa ou em local apropriado.
Os ambientes naturais do Parque Nacional são o lar de animais silvestres que podem representar perigo direto aos animais domésticos ou transmitir doenças para os mesmos. De forma inversa os animais domésticos podem ser portadores de vírus ou bactérias que não estão presentes no ambiente natural e podem ser danosos para os animais silvestres.

Traga seu lixo de volta
Aprenda a diminuir a quantidade de lixo, deixando em casa embalagens desnecessárias. Embalagens vazias pesam pouco e ocupam um espaço mínimo em sua mochila. Se você pode levar uma embalagem cheia, pode trazê-la vazia na volta. Jamais queime qualquer tipo de lixo! Enterrar também não é boa idéia: os organismos do solo não devem conviver com o seu lixo e alguns animais podem cavar e espalhá-lo.

sexta-feira, abril 10, 2015

Clube de Observadores de Aves da Bahia visita região do Parque Nacional da Chapada Diamantina

                 Sentido horário: Integrantes do Clube de Observadores de Aves em campo; Sofrê, Ikterus jamacaii, ave                   presente em todo o nordeste brasileiro; Agrovila do Assentamento Rosely Nunes; Cachoeira Invernada.
(Fotos de Marcela de Marins e Rose Passarinho)
No último feriado da Semana Santa integrantes do Clube de Observadores de Aves da Bahia  (COA-BA) e do Parque Nacional da Chapada Diamantina estiveram no assentamento Rosely Nunes, município de Itaetê, para conhecer a avifauna da região, além de seus atributos naturais e culturais. Em dois dias de campo, o grupo verificou a ocorrência de cerca de 90 espécies de aves na área. Segundo Deodato Souza, um dos fundadores do COA, além de constituir um registro das espécies, "a lista de aves serve como estímulo para que outros observadores de aves visitem a região, tanto para ver as espécies registradas, quanto para "descobrir" outras".

Além da observação de aves o grupo conheceu a cachoeira Invernada, o rio Una e o Poço Encantado, distante 12 km do assentamento. Na comunidade os membros do COA realizaram uma  reunião com os moradores para conversar sobre a atividade de observação de aves. Segundo Alex "Lukas", integrante da ACV-I (Associação de Condutores de Visitantes de Itaetê), que possui um núcleo no assentamento, a observação de aves é uma novidade. "Pude aprender muito com o grupo nestes dias. É bom saber que além das cachoeiras e cavernas que existem na região podemos receber visitantes interessados em observar aves." 

A comunidade do assentamento Rosely Nunes foi capacitada pelo programa Terra Sol-INCRA para desenvolver atividades de Turismo de Base Comunitária. Nesta modalidade de turismo se valoriza a interação entre o turista e o moradores locais e os serviços relacionados com o recebimento dos visitantes se constitui numa fonte suplementar de renda para a comunidade. Quem visita o assentamento pode conhecer seu cotidiano rural e os atrativos naturais da região. Existem moradores no local que realizam hospedagem e servem refeições em suas residências. Para Alexandre Miranda, membro do COA, a união do ecoturismo com o turismo de base comunitária foi uma agradável surpresa. "Não imaginava que fosse possível unir o turismo de observação de aves com este contato com a comunidade de um assentamento rural. Foi muito enriquecedor."

Para o Parque Nacional da Chapada Diamantina a observação de aves é uma modalidade muito interessante de turismo a ser desenvolvida em toda região. Segundo Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio, "a observação de aves é uma atividade que vem crescendo muito no mundo. Os "passarinheiros" são pessoas com grande consciência ambiental, que valorizam a conservação das áreas naturais. Por estas características o Parque Nacional quer estimular o desenvolvimento da observação de aves."

Para conhecer a região pode-se entrar em contato com a ACV-I, que possui também núcleos nas comunidades Baixão e Colônia, através do telefone (75) 3361-1900 e (75) 3361-4007 (Baixão) e e-mail acviitaete@yahoo.com.br.









terça-feira, abril 07, 2015

Saiba mais sobre a Cachoeira Encantada

                                                      
Cachoeira Encantada
       A trilha da Cachoeira Encantada tem início no assentamento de reforma agrária Baixão, município de Itaetê (veja o mapa da região). Acompanha o vale do rio Samina ao longo dos seus 6km de extensão. O percurso exige alto esforço físico e leva em média 6 horas para ser percorrido (ida e volta).
       Para conhecer o local, assim como os demais atrativos do Parque Nacional, não há necessidade de pagar ingressos. A trilha é sujeita a ocorrência de trombas d'água e riscos inerentes aos ambientes naturais. A administração do Parque recomenda a contratação de um guia para conhecer a cachoeira e estabelece o limite de 20 visitantes por dia para manter a integridade do atrativo.
       Os guias locais que atuam na região são vinculados a ACV-I (Associação de Condutores de Visitantes de Itaetê), que foi estabelecida no final da década de 1990 e fortalecida pelo Terra Sol, programa do INCRA que atuou no desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária nos assentamentos da região.
        A ACV-I pode ser contatada através do telefone (75) 3361-4007 no assentamento Baixão e (75) 3361-1900 no assentamento Rosely Nunes, e-mail acviitaete@yahoo.com.br .


quarta-feira, abril 01, 2015

Parque Nacional da Chapada Diamantina recebe o IV MUNA - Mulheres em Movimento pela Natureza

Participantes do IV MUNA na "Ciranda da Redução". Foto de Guilherme Imbassahy
         Iniciando o ciclo de celebrações de 30 anos do Parque Nacional da Chapada Diamantina no dia 22 de março, dia mundial das águas, ocorreu a quarta edição do MUNA - Mulheres em Movimento pela Natureza.

         Nas proximidades do rio Mucugezinho, curso de água que como muitos outros nasce no interior do Parque Nacional, cerca de 80 pessoas prestigiaram o evento, que foi repleto de reflexões e festividades.

        Contando com a participação de integrantes dos movimentos socioambientais da Chapada Diamantina como Rosa Abadia e Heloísa Andrade, foi elaborada a partir de diversos depoimentos uma linha do tempo com os principais marcos da atuação da sociedade civil na região. A intenção foi reconstruir a história, apresentá-la as novas gerações, analisar as vitórias obtidas e também as decepções sofridas. Segundo Iêda Marques, idealizadora do IV MUNA, a essência do evento foi "promover o resgate da trajetória dos movimentos sociais da Chapada Diamantina, trajetória em que as mulheres desempenharam importante papel. Nos últimos anos, apesar do surgimento de diversas instâncias de participação dentro do governo, houve um enfraquecimento da participação popular. É preciso reverter este quadro, pois o cenário atual apresenta muitas ameaças ao meio ambiente, às comunidades rurais e à sua cultura. As novas gerações precisam dar voz e continuidade à defesa tanto do seu patrimônio natural quanto do imaterial."
       
         Quem esteve no evento também pode conhecer o alojamento de pesquisadores do Parque Nacional, apreciar a exposição de fotos "Luz do Interior" de Iêda Marques, assistir ao teatro de bonecos de Ester Brandão e dançar e sorrir com a apresentação do grupo Mundarejo.
        
           As águas também se fizeram presentes na programação. A chuva que caiu no fim da tarde ditou o momento de encerramento das atividades.