quinta-feira, janeiro 24, 2019

Chapada Diamantina de dentro para fora

Iniciativa comunitária lança roteiros no sul do Parque Nacional que proporcionam a integração entre visitantes e moradores. Os atrativos vão desde cachoeiras imponentes à fabricação artesanal de alimentos 

Café da manhã tradicional servido no Assentamento Rosely Nunes. Foto: Sirlene de Souza


A Chapada Diamantina acaba de ganhar seis novos roteiros de base comunitária, que passaram a ser comercializados nesta quinta-feira (24).  “Em Cantos da Chapada Diamantina” é uma proposta que visa adicionar experiências autênticas ao turismo de natureza através do dia a dia das pessoas que moram e guardam o patrimônio ambiental, contribuindo para o seu desenvolvimento e renda.

Almoço caseiro sabor culinária sertaneja.
Foto: Tulio Saraiva 
Com duração de um a três dias, os roteiros integram atrativos naturais e culturais com alimentação e hospedagem na casa de moradores e oferecem opções para quem gosta de aventura ou passeios mais tranquilos. As comunidades anfitriãs são o Baixão, Europa e Rosely Nunes, localizadas no município de Itaetê. Todas se caracterizam pela agricultura de subsistência, culinária de raiz e hospitalidade, sendo a porta de entrada para atrativos famosos, como os poços Azul e Encantado, e imponentes cachoeiras como a do Herculano e a Encantada.

Os roteiros também incluem atrativos que estão fora do circuito comercial, o que agrada o visitante que prefere um pouco mais de exclusividade. É possível, por exemplo, conhecer a fabricação artesanal de rapadura e o modo secular de se fazer a farinha de mandioca herdada dos índios. Em algumas opções também está incluso o “colha e pague” em plantações agroecológicas, onde o visitante sai com a sacola cheia de frutas, legumes e verduras fresquinhas.

terça-feira, janeiro 22, 2019

Visitantes e ICMBio inauguram passarela na trilha da Fumaça

Primeiros turistas a utilizar a nova passarela 


Fazer a trilha da cachoeira da Fumaça por cima, no Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD), ficou menos impactante para o meio ambiente e mais confortável para o visitante após a construção de uma passarela para atravessar um trecho de rio intermitente. A obra foi inaugurada pelo ICMBio com a participação de visitantes, na última sexta-feira (18).

“Nas épocas de cheia muitas pessoas desviavam do rio, pisoteando raízes e gramíneas nativas,  alargando a trilha”, explica Pablo Casella, analista ambiental do ICMBio. “Com a passarela, a vegetação vai retornar ao seu local, o que já está acontecendo em alguns trechos desde quando ela começou a ser construída”, destaca. 

A Cachoeira da Fumaça é uma das mais belas e altas quedas d’água do país, com 380 metros, e para acessá-la por cima é preciso enfrentar 2 km de trilha íngreme. Por isso, para a construção de 50 metros de passarela foi preciso contar com a colaboração de muitas pessoas. Todo material foi transportado no braço, incluindo de alguns visitantes e voluntários que se dispuseram a levar tábuas ladeira acima.

A obra, iniciada em 2017, foi projetada e coordenada pela equipe do PNCD e construída pela brigada contratada do Parque com o apoio da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC), que doou parte das ferragens e contribuiu com o transporte de parte da madeira fornecida pelo ICMBio.

Visitantes ajudam a levar madeira em setembro de 2017


quarta-feira, janeiro 09, 2019

ICMBio registra aumento de 24% na visitação do vale do Pati

Dados foram levantados durante monitoramento de final de ano e são comparados aos do ano passado. Estima-se que o crescimento tenha sido ainda maior

Brigadista orienta visitantes na entrada do Bomba, no Vale do Capão. 


O ICMBio realizou, de 27 de dezembro a 03 de janeiro, o monitoramento da visitação no vale do Pati, região localizada no coração do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) e de grande apelo turístico. O principal objetivo foi contabilizar e sensibilizar os visitantes acerca das normas de mínimo impacto da Unidade de Conservação.

Foi registrada a entrada de 2,7 mil pessoas nas trilhas que levam ao vale, incluindo quem estava indo apenas para a Cachoeira da Purificação. No vale do Pati, entraram mais de 720 visitantes e, desse montante, permaneceram no local mais de 46% durante o período. O monitoramento foi realizado pela terceira vez consecutiva e, comparado aos dados do feriado de réveillon de 2017/18, apenas no Beco do Guiné houve um aumento de 24% no fluxo turístico, o que equivale a 452 pessoas.   

Durante os oito dias, das 8h às 17h, duas duplas de brigadistas ficaram de plantão nas principais entradas de acesso ao local, a do Beco (Guiné) e do Bomba (Vale do Capão), enquanto uma terceira dupla realizava o monitoramento pelas trilhas. “A ação foi positiva, com poucas ocorrências e bem recebida pelos visitantes, que acataram com tranquilidade as recomendações”, afirma Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio.