terça-feira, agosto 30, 2016

Planejamento da temporada de incêndios no Parque Nacional da na Chapada Diamantina é discutido em evento participativo



Representantes de brigadas voluntárias discutem estratégias para a temporada de incêndios

Mais de 350 pessoas estão diretamente envolvidas nas ações de prevenção e combate a incêndios na região do Parque Nacional da Chapada Diamantina em 2016. “Só de brigadistas voluntários, mapeamos mais 200 combatentes preparados na região”, informa Pablo Casella, analista ambiental do Parque Nacional. O levantamento é um dos resultados da reunião de elaboração do Plano de Monitoramento e Combate aos Incêndios no Parque Nacional da Chapada Diamantina, que aconteceu nesta terça-feira (23), em Palmeiras.  

O evento reuniu cerca de 30 representantes de entidades governamentais e da sociedade civil, que definiram as estratégias, prioridades e procedimentos para o combate a incêndios no Parque Nacional da Chapada Diamantina e entorno. A preparação para a nova temporada de estiagens identificou no Parque Nacional 20 áreas críticas com risco de incêndios, definiu a instalação e funcionamento de 05 mirantes e mapeou os equipamentos e recursos disponíveis em situações de emergência.

Para Soraya Martins, gestora do Parque, o evento serviu para fazer um planejamento coeso e de fácil execução. “Os combates aos incêndios no Parque Nacional geralmente envolvem diversas instituições. É muito importante sermos pé-no-chão, conhecermos os recursos que se encontram disponíveis neste momento e definirmos as funções de cada organização em situações de emergência”, assegura a gestora. O INEMA, por exemplo, está disponibilizando 08 fiscais, 04 deles peritos, para intensificar as ações de fiscalização nas zonas de maior perigo. “A ideia é inibir as práticas de fogo na agricultura, e fazer várias atividades de educação ambiental nas escolas locais para mobilizar as comunidades”, afirma Simone Alcântara, representante do órgão estadual.

Brigadas e Prefeituras comprometidas

A grande novidade foi a organização das diferentes instituições segundo o método Sistema de Comando de Incidentes (SCI). Para Ana Maria Canut, do PrevFogo/IBAMA, a definição de um comando composto por integrantes das entidades que atuam em um incêndio e dos procedimentos básicos a serem seguidos pelos grupos em uma situação crítica significa uma mudança de cultura. Joás Brandão, do Grupo Ambientalista de Palmeiras (GAP), concorda: “Antes o fogo chegava e não tinha comunicação. Ninguém sabia o que o outro estava fazendo e isto dificultava o trabalho de todo mundo”. 

O representante da Secretaria de Meio Ambiente de Ibicoara, Janú Xavier, concorda. “Com uma maior articulação, a gente consegue que as prefeituras se planejem para disponibilizar veículos, apoio de carros-pipa ou alimentação. Dá pra ter uma ação mais coordenada”.

Considerando a necessidade de maior articulação inter-institucional, os participantes reclamaram da ausência do Corpo de Bombeiros, que já havia confirmado presença. Rogério Mucugê, da Conservação Internacional, lamenta a ausência do órgão. “Sentimos falta da representação do Corpo de Bombeiros. Eles são fundamentais em qualquer ação de planejamento e combate ao fogo e devem estar integrados nessa estratégia que definimos aqui”, completa.

O evento terminou em clima de integração e otimismo. Segundo Soraya Martins, “todos que participaram do evento expressaram, de alguma forma, seu engajamento na defesa desse patrimônio ambiental inestimável que é a Chapada Diamantina!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prezado leitor, os seus comentários são muito importantes para nós, por isso, desde já agradecemos imensamente a sua participação. Ressaltamos, apenas, que não autorizamos mensagens com conteúdos comerciais, ofensivos e de autores anônimos. Atenciosamente, gestão do PNCD.