Alunos do curso realizam mapeamento de impactos. |
Com carga horária de 40 horas, o curso contou com 25 participantes entre condutores de visitantes, brigadistas e profissionais envolvidos no manejo de cavernas turísticas da região.
Composto por aulas teóricas e práticas, os participantes colocaram a mão na massa e realizaram ações efetivas para a diminuição dos impactos causados pela visitação.
Com saídas diárias de campo para a Gruta do Lapão, em Lençóis, e uma saída para Iraquara, a primeira atividade foi dedicada ao mapeamento dos impactos causados pelo turismo desordenado, como pichações, restos de lixo, pisoteamento e destruição de espeleotemas.
Para remediar alguns dos danos frequentes causados pela visitação, foram apresentadas técnicas de limpeza de espeleotemas que foram aplicadas na gruta da Lapa Doce, em Iraquara, e técnicas de remoção de pichações na Gruta do Lapão.
Aplicação de técnica para remoção de pichações |
As cavernas são ambientes extremamente frágeis, por isso, saber por onde pisa é essencial para a preservação do patrimônio espeleológico.Para evitar impactos futuros, foi delimitado, com pequenas placas refletivas e cordeletes, o percurso da trilha de travessia do Lapão e áreas com espeleotemas muito frágeis.
“O intuito dessa ação foi restringir a área de passagem de visitantes e, assim, minimizar o impacto causado pelo pisoteamento de ambientes importantes”, explica Marcela de Marins, analista ambiental do ICMBio.
Placas refletivas foram colocadas para delimitar a trilha e evitar o pisoteamento de áreas frágeis |
Monitoramento
Outra atividade realizada foi o início de um projeto colaborativo de monitoramento da Gruta do Lapão. Através do estabelecimento de pontos estratégicos, futuramente será possível realizar o foto-monitoramento dessas áreas pelos participantes do curso. Ao longo do tempo, eles vão fotografar esses mesmos pontos e assim registrar eventuais mudanças que estão ocorrendo dentro da gruta. As imagens serão postadas em site exclusivo do curso, que estará disponível a partir do dia 25. “Essa técnica permite a análise de diversos aspectos para a conservação da caverna”, explica Vitor Moura, espeleólogo e instrutor do curso.
Além dessas ações, o curso dá base para os participantes atuarem também como agentes multiplicadores desses cuidados em outros projetos autorizados por autoridades ambientais'', destaca Moura.
Compensação espeleológica
Esta iniciativa faz parte das ações do Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica firmado entre a Vale S.A. e o Instituto Chico Mendes de Conservação para a Biodiversidade (ICMBio), com gestão operacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). E contou com o apoio da UEFS, Prefeitura Municipal de Lençóis, Pousada Diamantina, pousada Bosque do Lapão e Gruta Lapa Doce.
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